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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

A vida através do transtorno de personalidade borderline

Será que sou capaz de amar e ser amada?

Depois da visita que fiz à psicanalista fiquei muito pensativa.
  Ela me fez algumas perguntas sobre  minha infância que me fizeram lembrar de coisas que já trago comigo a muito tempo como por exemplo a questão do sim e aceitação. Eu sempre aceitei as coisas que me eram impostas, na maioria das vezes fiquei calada, eu cheguei a contar um episodio para ela de uma roupa que eu não suportava quando eu era criança e minha mãe amava me vestir com ela, eu nunca falei para ela que não gostava e nunca nem tentei tirar eu simplesmente aceitava.
  A medida  que fui crescendo as coisas não ficaram diferentes, eu sempre fui de baixar a cabeça, aceitar, concordar e preferir fugir da situação a ter que enfrentá-la. Corroía-me, mas não contestava, sofri muito e ainda sofro por suportar coisas que não me dão o mínimo que é a dignidade. Antes eu simplesmente me sentia fraca, um lixo por não conseguir lidar e esperar que a situação melhorasse e não melhorava.
  Hoje em dia tão pouco consigo lidar, mas pelo menos já entendo o por que. Eu sempre tive medo de não agradar, de se afastarem de mim, medo de ser o que pessoas próximas de mim falavam a meu respeito e eu acabava acreditando... Acreditava que era esquisita, que era feia, desagradável e muitas outras coisas que me machucavam e ainda me machucam muito.
  É claro que sempre tive uma consciência de que eu era diferente, mas não conseguia descrever como. Mas por exemplo eu sempre fui muito intensa de fazer grandes amizades rápidas e surpreender com mimos e coisas legais de dar muita atenção a ponto de incomodar o outro, sempre fui de escrever muitas cartinhas às vezes eu exagerava tanto que depois sentia vergonha de todo aquele esforço frenético em querer fazer a pessoa reparar em mim.
  E aí passava se um tempo e aquelas amizades murchavam meu interesse se dissolvia ora pela minha instabilidade de humor, ora pela reatividade a palavras mal colocadas e dirigidas a mim ou mal interpretadas por mim, ciúmes que faziam com que eu me afastasse ou falasse um monte de besteira para a pessoa, às vezes isso era tão forte que eu queria até machucar a pessoa ou pelo menos sentir vontade de que ela sofresse um pouco. E quando eu pensava assim me sentia mal por que parecia que eu nunca amei ninguém, ou nunca conseguiria amar, por que quem ama não se agrada do sofrimento de quem se ama. 
   Eu nunca tive o sentimento de ser amada sei que tem pessoas que gostam de mim, das coisas que sei, das coisas que faço, das coisas que tenho, de como eu converso, da ajuda que presto sempre que posso. Mas e se eu não tivesse mais nada disso para oferecer, será que elas ainda gostariam de mim? Duvido muito! Tenho muitos pensamentos de que as pessoas querem e se aproveitam de mim, me sinto boba, idiota e vazia. Um grande motivo para continuar a terapia.
  Aproveito para agradecer a todos que me visitam, sejam vocês Borders ou não continuem lutando, obrigada pela força.

  Até mais!

domingo, 21 de setembro de 2014

Bolívia me espera!

  Como eu tive que viajar para ter a consulta com a psicanalista, conto a vocês que ainda estou por aqui, queria sair e conhecer um pouco por aqui mas não tenho ânimo. Não quero sair sozinha.
  Meus pais adotivos estão à caminho da Bolívia,  eu não ficarei só em casa. Comprei minha passagem ontem e amanhã embarco para a Bolívia para encontrá los. Isso vai me custar caro em sentido financeiro mas quero muito acompanhar eles e não ficar sozinha e morrendo de saudades.
  Vou continuar com meus planos em voltar a trabalhar pois minhas economias estão acabando e como já falei da minha decisão em continuar o tratamento com a psicanalista que fui ontem, precisarei de grana.
  Farei esforço pois parece que ela pode me ajudar , e eu já passei pela mão de muita gente que não teve a mínima atenção em pelo menos tentar me entender, não sei se foi por falta de interesse ou conhecimento a respeito do TPB. O fato é que já gastei uma nota e nada, minha situação em muitos aspectos continua  na mesma e em outros aspectos pior, e pouquíssima melhora.
  Espero que eu consiga aproveitar a viagem e traga novidades para vocês.
  Como não sei como estará minha internet na Bolívia, talvez eu nao poste mas farei o possível para escrever.
 Se cuidem.

 Contatos comigo pelo e-mail: meninadocanto@gmail.com

sábado, 20 de setembro de 2014

Psicanálise

  A primeira consulta com a psicanalista a meu ver foi boa. Foi uma conversa agradável e descontraida.
  Eu fiquei apreensiva em relação ao passado, coisas que ela me perguntou sobre infância e tals. Acho que ela foi bem criteriosa e me deixou a vontade.  Achei ótimo, para um primeiro contato. Quero muito continuar o tratamento, tenho os meus medos, mas por enquanto a vontade de melhorar está maior e vou aproveitar. Achei o valor muito bem pago para ela. Se pudesse e tivesse grana iria querer estar todos os dias lá. 
  Mas achei que não falei tudo, tinha muito mais para falar, acho que da próxima vez vou tentar anotar uns pontos para seguir uma linha de raciocínio, e tentar abranger tudo.
  Mas voltei renovada e muito esperançosa.  Faz tempo que não me sinto assim.

  Chau.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Dependência emocional

  Uma coisa que acho tão estranho é esse sentimento de dependência excessiva de outros.
  Tenho certa raiva de mim mesma de ser tão boba em relação ao apego. Às vezes tenho a impressão que estou mendigando afeto, carinho, amor ou aprovação dos outros.
   E as vezes me pego pensando em como gostaria de ser independente neste aspecto da minha vida, mas todas as vezes que tentei fracassaram, e esses fracassos vieram em forma de crises de irritabilidade infantil mesmo, deixando bem claro para todos ao meu redor o quanto eu sou incapaz de lidar com certos sentimentos. O máximo que eu consegui em minhas tentativas de mudança foi fingir por um tempo que eu estava bem, como se eu não precisasse de ninguém e que tanto fazia ter pessoas ao meu redor ou não, quando na verdade eu me corroía por dentro por causa da atitudes das pessoas e acabava estourando ou me isolando, nas últimas vezes eu mais me isolei do que estourei.
    Eu tenho percebido uma reatividade da minha parte muito grande e que me fizeram ir para a caverna por assim dizer, um isolamento terrível. Se as pessoas ao meu redor estavam bem, eu estava bem, mas se não estavam eu também não estava. Acho isso ridículo mas não consegui evitar.
    Nesse isolamento fiquei dias no quarto, não comia direito e me dá uma angustia tão grande de ansiar a morte, as vezes fico com medo, por que no fundo não é isso que eu quero, eu quero lutar, continuar. Pelo menos tentar viver. 
    Eu havia me inscrito na PUC da cidade onde moro para tratamento psicológico e amanhã será minha primeira consulta, tomara que dê tudo certo, é legal por que é de graça e pelo que vi toda universidade que oferta o curso de psicologia faz cadastros no inicio de cada semestre para novos pacientes, fica a dica.
    Esses dias eu li o quanto os borders são inteligentes, então pensei se sou inteligente posso ir mais longe então eu preciso que minhas buscas por ajuda deem certo.
    Eu tenho algumas habilidades que encantam algumas pessoas, e elas até me elogiam. Mas no momento elas não servem para nada, mas vou fazer um post sobre elas.

    Até mais!!!!

terça-feira, 16 de setembro de 2014

O sentimento de vazio.

  No meu caso, eu não admitia isso até pouco tempo, achava algo muito forte para ser dito em relação a alguém, tipo:  fulano é vazio, sente se vazio ou tem um vazio, forte, mesmo quando aplicado a mim.
Mas acho que não só por essa questão é que nunca cheguei a aplicar isso para mim, acho que nunca apliquei porque nunca consegui definir esse tal vazio, acho que o encarava como tédio e esperava passar, mas não passava, não passa.
  Qualquer pessoa que me conheça, que tenha tratos comigo ou simplesmente tope comigo jamais dirá que tenho um sentimento de vazio, é tão diferente quando estou inserida no meio de amigos em ocasiões que estou livre de inseguranças claro! Nem parece eu, mas quando volto pra casa, estou no meu quarto, me olho no espelho me sinto um lixo ao ver que faço o mundo acreditar em algo que não sou, e quando estou só, vejo isso bem exposto. Não tenho nada de concreto na vida, o que eu tenho são retalhos que arranco de outros e carrego por onde passo, atualmente os chamo de trapos mesmo.   Esse ponto é interessante por que antes pensava que eu era uma pessoa adaptável, quando na verdade eu sou um camaleão que com o tempo passo a ser o que as pessoas querem ver na folha em branco que sou quando as conheço.

  As vezes a impressão que tenho é que pareço aqueles moleques atentados que tem sua turma e intimidam qualquer um, ou fazem o que querem e falam o querem sem medo, mas quando estão sós não são ninguém, não fazem nada, são uns santos. Eu sem ninguém não tenho mais nada a fazer. E fico com uma dificuldade enorme de organizar meus pensamentos, de me organizar, traçar metas ou pelo menos uma pequena rotina para seguir, coisa que nunca deu certo comigo. Me sinto horrível como se eu não tivesse uma âncora e então qualquer mudança nas águas me afeta, me afunda, me afasta de onde eu estava ou faz eu me perder mesmo.

Chau.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Expectativa

  Eu estou com uma enorme expectativa em relação a consulta que terei, ainda mais nesses últimos dias que têm sido tão difíceis para mim.
Para vocês entenderem melhor:
Eu moro com um casal que são meus pais de coração, eu aprendi a amá-los. Sou a filha adotiva deles. Mas nem sempre foi assim, cresci em uma família bem complicada, mas isso será assunto para outro post.
  Como estava dizendo eu estou com uma certa reatividade a flor da pele esses dias e não consegui reagir da maneira correta a algumas palavras do meu paizinho, e desde então fiquei péssima. Como no geral nunca consegui resolver conflitos eu adotei o hábito de fugir, e dessa vez não foi diferente. Antes eu não entendia direito por que eu fazia isso, algumas pessoas mesmo me dizendo que eu me comportava assim, eu negava, como se não fosse verdade, o que me fez continuar esse hábito e agora não sei como eliminá-lo.
  Ficamos emburrados um com o outro, depois de uns dias ele tentou se aproximar... mas como eu estava esperando desculpas e elas não chegaram até mim, continuei emburrada e sofrendo, sabe no fundo quero o carinho deles e não quero perder tempo com coisas negativas, mas infelizmente elas ficam cravadas em mim, mesmo os pequenos espinhos e tais espinhos me remetem a períodos muito dolorosos da minha vida, virou uma espécie de gatilho que disparado torna-se algo sem controle dentro de mim.
  Estou afastando a todos, pois se torna algo cansativo o tentar me entender, eu já escutei essas palavras tanto deles como de outros. Isso para mim é assustador pois penso que em pouco tempo posso acordar e estar sozinha.
  Voltando a parte da esperança, eu espero muito obter ajuda e estou ansiosa em relação a consulta que marquei, parece que a minha vida só vai começar depois disso.
Entre as coisas que quero melhorar, uma que encaro como primordial é a dependência, apego ou sei lá o quê. Que a meu ver é um sentimento doentio, embora na maioria das vezes  eu não demonstre tanto para as pessoas, aparento até mesmo ser fria e como se não tivesse nem ligando e acabo sofrendo muito com isso. Por que enquanto sofro as pessoas que amo continuam suas vidas, riem, não sabem e nem querem saber o que se passa comigo, me ignoram quando julgam necessário (talvez por causa do cansaço) e sem perceberem me machucam mais ainda.
  Hoje estou com um sentimento de que estou sozinha, o que em si pode não ser ruim, para quem sabe lidar com isso. Pois para mim é desesperador.
  Acho bom eu ter expectativas em relação a consulta, acho bom que eu estou buscando ajuda mas colocando na balança tudo isso, chego a conclusão que isso se deve a consciência de que sem ajuda eu não irei tão longe e não sei quanto tempo aguento.

Adios.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Resenha do livro: Corações descontrolados  de Ana Beatriz Barbosa Silva.


Ciúmes, raiva, impulsividade o jeito borderline de ser. É basicamente o que você encontrará no livro, detalhes em relação ao comportamento de pessoas que possuem um transtorno tão doloroso, se não, o mais doloroso de todos os que já ouvimos falar, chamado TPB (Transtorno de Personalidade Borderline).  Para os portadores de um transtorno com um indice bem acentuado de suicídios e tentativas de suícidios, é muito importante haver publicações como o livro de Ana Beatriz para levar conhecimento de certos comportamentos aos que lutam e sofrem diariamente com suas limitações e angustias e também a amigos e familiares de borders.


 Autora de Mentes perigosas, Ana Beatriz Barbosa Silva que é médica graduada em psiquiatria, a meu ver conseguiu organizar de maneira simples e objetiva algo tão complexo, e tão bagunçado sentimento border, como ela chama os borderlines em seu livro.


 A leitura foi cativante pra mim, por que no livro ela se utiliza de muitas experiências acompanhadas de perto por ela mesma incluindo uma que nos deparamos logo no início do livro de uma amiga dela. É surpreendente em como foi captado por ela o jeito borderline de ser, uma coisa que me chamou muita atenção no livro foi que a cada capitulo no inicio tem uma poesia ou canção que ela introduziu para descrever o momento a que ela estava se referindo em relação a Personalidade Borderline.


 No livro conseguimos entender bem a diferença entre ter um traço ou traços borderline e ter o transtorno de personalidade borderline em si.


 Uma coisa que gostei de ver foi essa explicação:


 “Além disso, existe uma especie de degradé dentro do conceito do transtorno borderline. Tal qual uma cor apresenta diversas tonalidades e mantem sua essencia pigmentar (exemplo: rosa, rosa-bebê, rosa-choque), alguns borders podem ter as mesmas características que determinam o diagnóstico e, no entanto, manifestá-las de forma aparentemente oposta. Não deixam de ser borders, porem com “vestimentas” diferentes.”


 (Trecho retirado do livro Corações descontrolados pg.38)


 Espero que tenham gostado!

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Endereço Facebook:


https://www.facebook.com/meninadocantotpb

Medidas adotadas depois da suspeita de TPB.

  Após minhas pesquisas na internet, tomei algumas medidas no intuito de tentar viver de maneira melhor ou pelo menos sem tanto sofrimento, sem tantas interrupções que são tão prejudiciais a mim mesma e aos que me cercam.
  A primeira delas foi a questão da terapia, coisa que não estou fazendo. Lembra dos vídeos que falei que vi na internet? Pois é, assisti muitos de uma psicanalista que me pareceu entender muito do assunto, e que parece ser famosa pois vi muitos videos dela dando entrevistas para vários programas de TV. Por isso optei pela psicanálise e com ela, vou dizer o por que, eu vi nesta psicanalista uma empatia e segurança ao falar de TPB que ainda não vi em ninguém da área, até conheço uma que tem um conhecimento grandiosissimo do assunto mas nunca vi empatia nela, somente técnica.
O Desafio:
  A questão é que essa psicanalista é da região sudeste do país e eu atualmente moro na região centro oeste.
  Em uma página pública na internet dela peguei os contatos de telefone, isso era um domingo a tarde, em um dos contatos constava Whatsapp, então mandei uma mensagem para ver no que daria, no domingo mesmo me responderam, era a secretária dela. Me passou o e-mail pessoal dela para marcarmos, então no e-mail expliquei a minha suspeita e o quanto preciso de ajuda, além de ver a questão do preço claro. Então em meados deste mês embarco para lá em busca de uma chance, quero muito que dê certo. Se der, será pelo menos uma coisa certa na minha vida tão incerta. Após a consulta farei um post sobre isso para vocês saberem como foi.
  Outra medida que tomei e não citei acima é quanto as publicações que comprei sobre o assunto, tenho lido livros que me ajudaram em muito a esclarecer certas atitudes e pensamentos. A medida que for terminando de ler tais publicações pretendo fazer a resenha de cada uma aqui no blog.

  

  Até a próxima.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Consulta com a psiquiatra e discussão sobre TPB.

 Antes de ir a consulta eu havia anotado algumas coisas que eu achava que eram características minhas, mas que em minhas pesquisas na internet vi que batiam direitinho com sintomas da Personalidade Borderline, fiz isso para mostrar para a médica.
 Quando entrei no consultório, ela perguntou como eu estava me sentindo e tals, então depois das perguntas iniciais eu perguntei se ela conhecia alguma coisa sobre borderline, e falei que havia pesquisado na internet sobre isso e achava que muita coisa se encaixava em minhas atitudes, ela não me escutou como eu esperava e parecia que estava mais preocupada em falar do que escutar e percebi que ficou irritada falando pra mim que eu tenho que tirar minhas dúvidas no consultório e não no doctor google, (pensei que era isso que estava fazendo quando perguntei pra ela, rsrsr).
 Conclusão: ela disse que não tem dúvida do meu diagnóstico e mais umas baboseiras lá que deram a entender que eu tinha me impressionado com o que vi e agora queria vestir essa tal personalidade Borderline. Achei um absurdo e falei que da minha parte eu tinha dúvida sim pois resultados palpáveis eu não obtive com as medicações até agora e então por eu ter aberto minha boca grande ela falou que ia aumentar a dosagem das medicações.
 A revolta.
Como fiquei revoltada resolvi que não aumentaria a dose e passei dias assim, mas fiquei pensando e se ela estivesse certa? Como eu iria saber se não tentasse?
Por fim aumentei a dose como ela indicou e hoje o que posso falar para vocês é que consegui ver uma melhora na questão do humor que não tem oscilado as cerca de trezentas vezes por dia, deu uma diminuída, agora é só umas 299 vezes, rsrsr. Acho que foi isso, mas não estou conformada com o diagnóstico e não é por que quero uma etiqueta do que eu realmente sou, é pelo fato de quero muito, mas muito mesmo melhorar. O que estou vivendo não é vida e não desejo este sofrimento para ninguém. E só com um diagnóstico correto é que vou poder traçar uma rota correta rumo a melhora.
 Tomei algumas medidas que acho que estão me levando para o rumo certo, no próximo post conto para vocês que medidas são essas.

Abração!

domingo, 7 de setembro de 2014

Como minha busca por ajuda começou! (Suspeita TPB)

 Eu faço um tratamento psiquiátrico com medicações específicas para a bipolaridade.
 Deixem me explicar o por quê, quando eu estava entrando na universidade (aos 17 anos) tive algumas dificuldades que me levaram a um diagnóstico de uma pessoa depressiva. Um diagnóstico como esse pode ser assustador para muitas pessoas, mas para mim naquela época o recebi com esperança, mas infelizmente logo se apagaria.
 Antes ficava pensando que certas atitudes minhas eram o meu jeito de ser, mas depois do diagnóstico só pensava nos resultados e em como as coisas podiam melhorar, em especial a convivência com as pessoas que eram muito queridas por mim e bem próximas e nem por isso menos machucadas, elas até hoje sofrem, e eu entendo isso, mas infelizmente, esse entender não me faz capaz ainda de agir de outra maneira com elas.
 Dez anos se passaram e pouca coisa ou nada mudou, sendo realista acho que fez foi piorar.
 Em fevereiro deste ano passei a consultar me com uma nova psiquiatra forense e tudo e muito conhecida e então outro diagnóstico _ BIPOLARIDADE.
 Desde então tenho tratado a tal bipolaridade sem resultados significativos e por causa disso comecei a pesquisar muito sobre bipolaridade para tentar entender melhor e ter um norte.
 Vendo vídeos no youtube achei um que dizia: " Um transtorno muito confundido com a bipolaridade", e quando assisti não tive dúvida nenhuma. Era eu!!!!!
 Desde esse dia assisti todos os vídeos que pude sobre TPB (incluindo os vídeos gringos), fiquei ansiosa para falar o que descobri com minha psiquiatra.
 Mas as coisas não saíram como eu pensava.
 No próximo post conto a vocês o que aconteceu.

 Até mais.