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sábado, 1 de novembro de 2014

Pesadelo

  O TPB se apoderou de mim de tal maneira que nem sei mais o que eu sinto, como se não bastasse ser mulher com todas as suas complicações e ainda com  um grau de dificuldade o TPB!
  Vontade de desaparecer e não ter que lamentar por mais nada e nem ninguém.
  Eu caí na pior doença de todas, na solidão consentida, no desespero, no choro, na ausência de mim. É o que eu mais odeio em mim mesma. E o meu pesadelo realmente começa quando eu tento agradar a todos os que eu mais prezo me tornando uma coisa que não quero ser ou não sei se quero ser... fico obcecada com o meu corpo, a minha forma de ser. Fico pensando no que as pessoas vêem ao me olhar, se elas riem por quaisquer motivos que eu não saiba, já é motivo pra eu me sentir mal e continuar lutando com a comida. Minha luta contra a comida chega ser a mesma luta que travo contra mim mesma. Eu sou covarde eu sei, penso que sou a mais covarde até.
   Onde está o limite pra mim?
   Tudo ao meu redor se converte no pior inferno, horrível! Agora eu quero atacar até mesmo o espelho, ele é meu inimigo, sempre foi. Perdi as contas de quantos espelhos quebrei com socos que me feriram e me aliviaram no momento.
   Uma coisa que não tenho muito controle, ou não tenho controle nenhum. Eu tenho sim controle, mais a vontade de me comunicar com pessoas que eu amo e querer que elas respondam imediatamente as minhas mensagens e e-mails, é algo desesperador, parece que dura uma eternidade e eu começo a ser insistente, mandando trocentas mensagens e a cada uma delas não respondida já começo a pensar que a pessoa não dá a mínima pra mim. Fico com uma ansiedade tão grande que nisso já quebrei celulares.
  Para amenizar essas vontades loucas ou mesmo a ansiedade (que me faz comer feito um elefante que estava enjaulado) tenho me distraído. 

  •   Tirando fotos,
  • Manualidades,
  • Escrevendo poesia.
  • vendo filmes ou
  • escrevendo neste blog.

 

2 comentários:

  1. Ah como eu conheço bem essa situação, ás vezes parece que você está falando da minha vida... eu era aquele tipo de amiga chiclete e chata sabe? Ficava obcecada pela pessoa, queria agradar de todo e qualquer jeito e também ficava muito nervosa se não me respondiam na hora, achava que tinha algo errado comigo ou que a amizade estava no fim, olha era como viver em estado de alerta permanente... por isso perdi muitos amigos, muitos mesmo... hoje eu estou bem melhor (também depois de 4 anos de terapia, rs) como já te disse aprendi o desapego, se não me respondem eu não penso mais que a pessoa me odeia e sim que ela pode estar ocupada/sem sinal/impossibilitada de responder, não quer responder - e ela tem esse direito - ou aconteceu alguma coisa (e geralmente é isso mesmo)... chegar nesse nível foi bem doloroso viu? Mas é possível olha eu aqui, estou até me sentindo equilibrada! :) Força sempre e continue escrevendo, tirando fotos e todas as coisas que você ama, porque é isso que nos faz encontrar o caminho da saúde!

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  2. Compartilho do mesmo mal, das mesmas atitudes, dos mesmos acessos, dos mesmos medos e obsessões. Minha mãe costuma dizer que sou complexada. É bem isso mesmo. Já perdi vários amigos por ser assim. Quando não me respondiam,. ou não me convidavam para ir a algum lugar eu já achava que não era bem vinda e antes de prolongar a dor e o desespero do abandono eu já me afastava da pessoa, não procurava mais... mas no primeiro sinal de reaproximação eu me derretia, falava o quanto a pessoa era importante pra mim e o quanto eu a amava. Ainda sou assim, essa é a verdade. Todos os dias me pego repetindo estas mesmas atitudes, estes mesmos medos, estes mesmos complexos. Falta um longo caminho pra mim, mas não vou desistir. Continue fazendo tudo o que gosta, procure cada vez mais se voltar para você, independente do que vão pensar. Acho que a partir do momento que conseguirmos ser independentes da autorização do outro , conseguiremos levar uma vida melhor!! Beijo grandão!!

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