Translate

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

A menina do canto

Ela lamenta muitas coisas em sua vida, ela grita e é indelicada com os que estão ao seu redor.
Parece que quanto mais íntimos mais problemas.
Ela machuca o seu próprio coração e o de outros com um desespero inevitável.
Não tem freio e faz escândalos.
Ela é feliz e triste em um mesmo momento.
Ela se entrega por inteiro a tudo que gosta ou pensa que gosta.
Ela se perde facilmente.
Ela é misteriosa e cativante.
Ela muda radicalmente sem aviso prévio.
Ela é irônica.
Ela sempre foi deixada de lado, em um canto qualquer mesmo, já devia ter se acostumado muitos pensam.
Ela até aprendeu a ficar no canto e mesmo quando não estava, ela recorria a ele quando fugia de situações que não sabia lidar.
Quem quer ser amigo de uma pessoa assim?
Não nos surpreende ela não ter muitos amigos.
Alguns se dizem amigos dela mas quando ela precisa não pode contar com eles.
Mesmo em meio a muita gente ela se sente só na maioria das vezes.
Ela fere assim como foi ferida.
Ela precisa de proteção.
Ela gosta de manter o peso e saber que pode controlar alguma coisa na sua vida tão descontrolada.
Nem sempre é fácil, ela já foi internada por ter parado de comer.
Ela luta contra si, como se ela fosse o seu inimigo, e nessa luta acaba sendo mesmo.
Ela nunca viu meu rosto mas sou a única companhia dela.
Agora ela tem andado só, com dores ou não ela tem andado.
Só não sei até quando.


quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Como você está?

  As vezes eu só falto morrer com essa pergunta que virou cumprimento, onde ninguém nem para e escuta o que você responde. Só falam isso te cumprimentando e pronto.
  As vezes basta a pessoa (depende de que "pessoa" se trata) me perguntar isso para eu me iludir e achar que ela realmente se importa comigo, e eu acabo compartilhando com quem não merece coisas que eu não devia.
  Depois que o encanto passa que eu percebo o quanto fui boba.
  Eu gostaria acabar, apagar todas essas lembranças chatas das minhas idiotices que só me envergonham.
  
 

Minha Visão


domingo, 26 de outubro de 2014

Te odeio mas não me deixe

  Eu chego a lamentar as pessoas que me rodeiam pois tenho medo que elas queiram ir embora, o que sempre acaba acontecendo. Perdi as contas de todas as vezes que isso aconteceu.
  A sensação de que eu não consigo manter uma relação decente com ninguém é terrível, me dói, me corrói, me envergonha e fere.
  Eu tento ter uma vida normal, manter esta vida, as vezes os dias bons chegam e eu penso em coisas tão legais e animadoras, mas quando chegam os dias péssimos eu penso o quanto eu sou um fracasso como pessoa.
  Eu nunca tive um bom relacionamento com as pessoas e as vezes me sinto depreciada por ser vulnerável, sei lá. É ESQUISITO!
  Eu tenho muito medo da intimidade de outros comigo.
  Tem dias que eu acordo e nem ligo pra ninguém, o máximo que posso fazer é fingir que está tudo bem mas na maioria das vezes não consigo e acabo sendo fria. Mas se não me olharem pelo menos, quero morrer, eu quero que compartilhem tudo, mas eu pouco falo e conto (alguns até me chamam de misteriosa), quero muito que as pessoas se aproximem de mim mas essa mesma proximidade que eu quero é a mesma que me causa desconforto, aí eu começo a me afastar por medo de estar próximo mas se esse afastamento acontece eu logo começo a lutar para que volte a ficar tudo muito próximo. Mas como eu nessa altura já devo ter estragado o que contruí então tenho que começar tudo de novo, mas agora as coisas não são mais as mesmas, agora as pessoas já ficam desconfiadas e é mais difícil para mim e para elas. Algo doido né?
  É nisso que está o desgaste meu e de outros, não sei o que faço e muito menos o que devo fazer, eu até penso no que devo fazer mas na hora da prática faço tudo com impulsividade e estrago tudo. 
  Me sinto como um hamster dentro daquelas rodinhas deles, correndo desesperadamente e em vão, sem um objetivo concreto.
  Só de pensar ou me comunicar por meios eletrônicos com as pessoas que eu perdi, caio no choro e fico mal. Muito embora tem dias que me dá raiva dessas pessoas que eu não quero nem falar e se eu falo acabo falando besteira. Fico triste por terem me abandonado.
  Eu penso em mudar nos próximos relacionamentos, mas é só alguém me dá uma atenção especial (o que não é difícil pois sei ser cativante e chamar atenção quando quero) que eu logo me iludo e imagino como tudo pode ser bom e aí começa tudo de novo. Eu começo a correr desesperadamente de novo novamente outra vez.
   Por que apesar de tudo eu continuo querendo sentir e dar amor embora não consiga demonstrar, quero deixar de estar/ser só, queria ser valiosa pra alguém. Mas não posso. Sempre quis ser a mocinha, mas nem sei quem eu sou agora. 

sábado, 25 de outubro de 2014

Entendendo coisas

  Hoje eu estava caminhando com uma amiga pela rua e em nossa conversa, estávamos tentando entender certas atitudes das pessoas e chegamos a conclusão de que tudo tem um motivo, isso até parece óbvio demais, rsrsr. Mas eu fiquei super feliz em falar sobre isso e pensar sobre isso, por que sei que muitas coisas meio malucas que fiz foram desencadeadas por alguma coisa, é claro que não justifica algumas coisas que fiz mas me alivia o sentimento de culpa de mim mesma quando depois de uma atitude impulsiva minha as pessoas se afastam, me rejeitam ou mesmo me abandonam literalmente.
  Por que todas as vezes que dei uma má resposta pode se dizer que foram merecidas, muita das vezes a pessoa já tinha sua parcela de culpa mas eu tenho a tendência de achar que as pessoas são perfeitas inicialmente e o erro no conjunto sou eu.
  Todas as vezes que me isolei eu até agradeço por ter feito isso, pois se não teria feito uma besteira... enfim, eu não fiz essas coisas simplesmente do nada, mas infelizmente depois que somos diagnosticados e as pessoas sabem disso automaticamente elas ficam perfeitas, têm imunidade e sempre são bem intencionadas em suas atitudes. Nós que fazemos coisas impensadas por que somos Borderlines, nos irritamos por que somos Borderlines, nos entristecemos por que somos Borderlines e nos desapontamos por que somos borderlines ou seja não têm nada a ver com elas por que agora que descobriram que temos o TPB, as pessoas que nos rodeiam simplesmente não têm mais culpa.
  Mais do que raiva e indignação isso me entristece.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Resenha Borderline Criança Interrompida

  Eu estava com grande expectativa em ler este livro - Borderline criança interrompida - adulto borderline, da psicanalista Tatiana Ades e o psiquiatra Eduardo ferreira.
  Confesso que não me surpreendeu, mas gostei muito do jeito simples e direto de como o assunto foi abordado, li o livro em uma hora ou menos. Ele não é voltado para a questão amorosa como no caso do Corações Descontrolados da Ana Beatriz (livro que já fiz resenha aqui no blog também), gostei disso. 
  Neste livro qualquer um consegue entender bem a visão 8 ou 80 do borderline ou mesmo o mundo preto e branco.
  Gostei o fato de o livro mostrar como prevenir o transtorno de personalidade borderline em crianças.
  Há uma parte bem interessante também que compara o TPB com outros transtornos e você acaba vendo a complexidade do TBP, essa parte me deixou pensativa.
  Fora as várias experiências reais que são relatadas no livro que nos ajudam a ver o transtorno de vários ângulos. Vale muito a pena ler o livro, admiro muito o trabalho da psicanalista Tatiana Ades e acho até que ela deveria escrever outro livro falando das novas pesquisas que fez, suas novas ideias pois experiência não deve faltar já que ela trabalha um bom tempo com o TPB.
  Fica a dica e se alguém já leu e quiser destacar algum outro ponto, fiquem a vontade!

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

O que eu gostaria que todos soubessem...

 Uma pessoa com o TPB(Transtorno de Personalidade Borderline) não escolheu ser assim e não gosta de ser assim, eu não me sinto bem por exemplo. Por isso a luta diária.
 Pensem um pouco: Por que alguém escolheria estar irritado, infeliz ou até mesmo se colocar em perigo em muitas situações????
 Se você tem qualquer pessoa que você ama que tenha o TPB, continue amando, ajudando, talvez seja o momento em que esta pessoa mais precisa. 
 O comportamento autodestrutivo é geralmente invisível mas presente a maior parte do tempo. O que leva a muito sofrimento desnecessário e nem por isso intencional.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Vazio

  Nada.
  Não há sentimentos.
  Nem pensamentos.
  Nem sonhos.
  Não é tédio.
  Não é sofrimento.
  Não é nada.
  Nada. 
  É nada mesmo!
  Mas no espelho vejo reflexos de solidão e carência.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A raiva e eu

  Me perguntaram por e-mail sobre a raiva do borderline e o que eu faço para controlar essa raiva.
  O que eu tenho para dizer é que como todo sentimento do border a raiva é muito intensa e na maioria das vezes incontrolável, eu ainda não aprendi a controlar e ainda machuco muito a outros e a mim mesma.
  Eu tenho verdadeiros ataques de fúria intensos e quase que incontroláveis constantemente, no meu caso eu sou mais de implosão do que explosão, elas existem mas na maioria das vezes ao invés de explodir eu me isolo, sofro sozinha e geralmente caio em fases depressivas onde quando tenho contato com pessoas estou irritada tornando a situação bem difícil.
  Eu sinto raiva a maior parte do tempo mesmo quando eu não expresso tal raiva por meio de explosões.
  No meu caso a raiva é desencadeada quando eu me sinto negligenciada, descuidada ou abandonada por outros, fico muito irritada dando má respostas a todos, pequenos deslizes de outros se tornam a gota d'água pra mim, geralmente se o outro bater de frente comigo quando minha fúria foi desencadeada pode contar com o escândalo! Pois eu já levanto a voz e quero atacar mesmo, algo muito difícil e chato pra mim, eu não gosto quando eu fico assim, percebo que fico muito irritada quando estou deprimida e as pessoas só enxergam minha fúria, mas por dentro me consumo com péssimos sentimentos e quando estou só em meu quarto não sou ninguém me entrego a dor, é quando eu mais preciso de alguém, carinho, afeto ou só alguém que mesmo sem entender mostre que pelo menos se importa.
  Depois dos ataques de fúria me sinto péssima, horrível e sendo a pior pessoa do mundo, sabendo que sou uma pessoa má.
  Eu sei disso agora com a ajuda da terapia, mas ainda tem muito a descobrir e melhorar.
  Espero que tenha ajudado e continuem na luta!  

domingo, 19 de outubro de 2014

Contem comigo!

 Depois dessa segunda sessão de terapia me sinto mais determinada, gostei de ter enxergado algumas coisas minhas, no espelho, aquelas que eu gosto, aquelas coisas que parecem que eu não peguei de ninguém e que eu gosto porque simplesmente aprendi a gostar.
  Eu até tenho planos nessa minha cabecinha agora! Algo interessante já que quase nunca consegui pensar em futuro, em coisas duradouras ou longas, minha cabeça sempre teve várias possibilidades que sempre me distraem bastante e me confundem, nunca sei pra onde ir e acabo agindo por impulso.
  O exercício do espelho me foi passado para ser repetido em casa também, talvez algum dia eu disponha aqui no blog o que eu tenho enxergado nele, quem sabe o compartilhar ajude alguém que está aí do outro lado.
  Eu já deixei uma vez o meu e-mail por aqui e recebi muitas perguntas, quero dizer a vocês que me perguntaram algumas coisas sobre automutilação, raiva e impulsividade. Em breve eu responderei a todas as perguntas, quero ver ser eu começo a postar essas respostas ainda esta semana.
  O ajudar me dá muita satisfação, talvez até porque sempre quis ter alguém que se interessasse em me ajudar de verdade... Então vocês que estão do outro lado saibam que podem contar comigo, portanto segue novamente o meu e-mail: meninadocanto@gmail.com
 

sábado, 18 de outubro de 2014

Segunda sessão de Psicanálise

 Eu estava com tanta expectativa em relação ao dia de hoje que fiquei super ansiosa, então me arrumei super cedo. Minha consulta estava marcada para ás 17h mas cheguei ás 15:40 de tanta ansiedade e resolvi ficar esperando lá na recepção mesmo.
 A psicanalista me chamou ás 16:59. Pouco antes me deu um grande nervosismo mas depois que entrei todo ficou tranquilo.
 Ela lembrou muito bem da nossa última conversa e detalhes de coisas que contei. Isso me chamou atenção.
 Conversamos um pouco até ela me convidar para o tão temido divã, eu fiquei muito apreensiva mas foi tranquilo na maior parte do tempo.
 No divã ela começou por considerar os critérios do TPB e eu me encaixei em quase todos, acho que só faltou uns dois. Não fiquei tão surpresa pois era o que eu esperava depois de tudo que li e pesquisei.
  Depois de considerar os critérios comigo então ela disse que falaria algumas palavras e eu falaria o que me viesse a mente. Seguem algumas palavras que eu lembro e minhas respectivas respostas:

  Mãe - Uma pessoa conhecida
  Pai - igual a mãe é uma pessoa conhecida para mim
  Equilíbrio - um sonho para mim.
  Relacionamentos - confusos

 Após as palavras ela propôs um exercício de um espelho imaginário onde eu fechava os olhos e me via fisicamente e pediu que eu detalhasse para ela em palavras o que eu estava vendo.
 Depois o espelho tinha a capacidade de ver o interior também então ela pediu para que eu mostrasse a ela também o que eu estava vendo no espelho.
 Eu fiquei bem surpresa com o que eu vi no espelho e embora não seja fácil eu quero olhar mais nesse espelho e ver mais detalhes para poder definir coisas que até hoje não estão estabelecidas para mim, o que faz com que minha vida seja uma bagunça e não permita que eu siga em frente.
  Mais uma vez eu tinha muitas coisas para falar mas não consegui pontuar todas elas o tempo voa com ela é incrível!
  Deixei um bilhete a ela agradecendo por ela me dar esperança. É o que eu realmente sinto, por enquanto.
  Até os próximos posts!


 
 
 

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Expectativa Psicanálise

  Amanhã eu estarei novamente em mais uma sessão de psicanálise, será a minha segunda. Tínhamos combinado quinzenalmente mas mês passado fui uma vez e este mês será amanhã, acho que ficarei indo com ela mensal por enquanto, já que tenho que viajar para outra região do país para ser atendida por ela.
  Dessa vez acho que eu não sei nem por onde começar, só sei que me sinto muito bem lá, ela me entende tanto e tem tanta empatia, espero muito que me ajude a ter pelo menos um norte, ainda mais agora que estou completamente só.
  Eu resolvi detalhar para quem interessar as minhas sessões, amanhã eu conto como foi.
  E lembrem se qualquer terapia só tem chance de funcionar se a pessoa afetada realmente quiser mudar, e eu embora cansada quero muito isso!

sábado, 11 de outubro de 2014

Ajudar não é para quem pode e sim para quem quer.


 Sabe quando você tem a sensação de que não conhece determinada pessoa quanto você pensava que conhecia?
 Eu passei por isso, esses dias e isso foi péssimo. Eu nem consigo pensar nisso sem chorar, me sinto boba, idiota e sem amor próprio.
 Não fui para as minhas consultas de terapia esta semana,
 Acho que agora estou tentando me organizar. Eu estou mais isolada e desconfiando de tudo e de todos.
 Tenho achado o menos mal de toda loucura que tem sido a minha vida, é que pelo menos eu sei o por que das minhas ações e a partir daí melhorá-las.
  Odeio as pessoas pedindo para eu parar de querer atenção, falando para eu crescer e me deixando quando eu mais preciso de ajuda.
  Mas é isso aí, não posso ficar esperando perfeição de pessoas imperfeitas, ainda mais comigo que não sou nem um pouco fácil de lidar.
  Hoje em dia é muito mais fácil criticar e falar coisas depreciativas de alguém do que parar e tirar um pouco do seu tempo, energia e recursos caso seja necessário para ajudar. Para apontar erros e criticar severamente não falta voluntários, mas cadê alguém que queira estender a mão para levantar? Falo dos que queiram pois poder muitos podem se não todos, agora querer são pouquíssimos. E para mim o ajudar envolve muito o querer mesmo.
  Eu sou uma das que querem ajudar outros, e depois conto para vocês como vou tentar fazer isso... O blog é uma das maneiras pois embora seja a minha experiência pessoal eu sempre que puder falarei sobre minhas terapias e coisas que têm me ajudado para que de alguma forma ajude outros que precisem. Como alguns e-mails e comentários que tenho recebido têm me indicado isso.
  Força para todos, inclusive para mim. Até mais!    

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

domingo, 5 de outubro de 2014

                                                                                             




Erro recorrente

  Quando eu era criança, bem pequena mesmo, eu acreditava que se eu saísse um dia de casa e andasse direto sem deixar nada nem ninguém me impedir de andar em linha reta eu tocaria o céu.
   Fiquei muito desapontada quando depois de muitos anos na quinta série em uma aula sobre o sistema solar descobri que eu não poderia tocar o céu, foi chocante demais por que eu alimentava o desejo e a possibilidade de isso acontecer.
   Nos últimos meses caí no mesmo erro, sem querer saber de dados eu simplesmente alimentei desejos e possibilidades que não existem e nunca serão possíveis, eu em uma infantilidade sem medida, fantasiando e acreditando.
  Ontem o mais temido por mim veio a tona.
  Estou sozinha de novo.
  Eu só pensei na minha consulta com a psicanalista, por que eu preciso dela, na verdade agora eu só tenho ela, o cúmulo do desespero onde eu tenho que pagar alguém pra me escutar quando ninguém mais quer fazer isso.
   Tomara que nessa consulta haja coisas mais concretas pois eu não aguento mais a dor.

   Amanhã tenho psicoterapia e não tenho vontade de comparecer nela, não me sinto a vontade lá, mas farei o esforço de estar presente e depois tenho que tirar minhas tralhas de casa e esperar que esse novo passo não me traga mais dor.

sábado, 4 de outubro de 2014

Em casa

  As coisas em casa não estão muito boas.
  Ontem tentei me aproximar, mas não fui bem sucedida, logo pela manhã o ignorar me era a lei do dia. Não suportando me arrumei logo as 08:00 e saí sem destino, fui em umas livrarias me sentei por lá, li trecho de alguns livros e até comprei um.  Almocei em um lugar por lá mesmo liguei para uma amiga que havia combinado com outros amigos de sair, e eu fui com eles de lá por estar muito tarde enviei mensagem para os de casa avisando que não voltaria e sim só no sábado no caso hoje.
   Disseram que precisamos conversar, vamos ver no que vai dar.

   Sinto-me sem ninguém, mas estou fazendo de tudo em não ficar incomodando ninguém, estou mais na minha, levando na marra. Tenho que aprender a me desprender e não sufocar outros também. 

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Eu não sei o que fazer


  Meu sentimento hoje é esse: não sei o que fazer!
  Eu destruí o pouco que tinha e agora estou sem chão, pois só eu comigo mesma não é a mesma coisa, pra mim não é nada.
  Estou pensando em me mudar, mas só de pensar nisso parece que vou morrer tamanha é a dor de pensar em me separar, em me despedir e tomar um novo rumo, sozinha.
  Eu pensei em algumas opções:
1-      Eu morar na cidade que estou, sozinha para pelo menos parar de ferir quem está perto e tentar me livrar da dependência emocional,  procurar um emprego, e continuar viajando para fazer psicanálise com essa psicanalista que encontrei, que é a empatia em pessoa sem falar do vasto conhecimento que ela tem sobre personalidade borderline.
2-      Voltar para minha cidade natal, mas nesse caso teria que encontrar outro profissional lá, pois ficaria muito longe para eu fazer psicanálise, e com certeza não teria grana para custear as viagens mais o valor das sessões.
3-      Pensei em me mudar para a cidade onde tenho que fazer psicanálise, mas sei que será um GRANDE desafio para mim, já que conheço pouco lá, morar só em um lugar que conheço já é ruim imagina em um lugar que não conheço.

   A situação está caótica e acho que está na hora de eu tomar um rumo na vida.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Psicoterapia

  Hoje fui para a psicoterapia da PUC, já falei aqui que tinha me inscrito e fui chamada, mas esta não foi a primeira vez que fui lá. E devo dizer que hoje foi melhorzinho que da outra vez, acho que o terapeuta não me deixa a vontade, e não vejo muito interesse da parte dele, acho difícil falar certas coisas pra ele e não vejo a hora de ir embora, uma hora parece que não acaba mais, mas hoje até que passou rápido.  Que diferença da psicanálise que faço, eu fui e como é em outra região faço duas horas de uma vez e parecem minutos, ela tem uma empatia extraordinária é incrível! Cada centavo pago vale a pena e a viagem e os gastos com ela não são nada diante da esperança que passei a ter depois de ir lá.
  Hoje achei que não estava sentindo nada no consultório, falei um monte de coisas sem sentimento nenhum, acho que falei por falar sem querer chegar a lugar nenhum.
  Uma amiga foi comigo me esperou e fomos à casa de uns amigos, acho que estava normal, ou melhor, eu estava não deprimida, não irritada e cheguei em casa da mesma maneira falei normalmente com meus pais adotivos, comemos e parece que o dia terminará bem hoje. Eu não estou alegre, feliz e nem entusiasmada com nada. Hoje eu não sinto nada e consegui sorrir e achar algumas coisas engraçadas. Assim que foi meu dia bem menos pior do que ontem.

Até a próxima.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Meus sentimentos são verdadeiros

Tudo que eu queria que as pessoas que eu mais prezo soubessem é exatamente o título desta postagem.
   Eu não sou de falar dos meus sentimentos, do que estou passando ou como eu amo alguém. Mas uma coisa que sempre fiz foi escrever, ou por mensagem ou cartinhas românticas na maioria das vezes exageradas para as pessoas que as receberam. É a minha maneira de verbalizar algo, além dos pequenos gestos do dia a dia, e quando falo pequenos, são pequenos mesmo, pois às vezes morro de vontade de abraçar alguém e não tenho coragem. Ou quando surge uma oportunidade eu trato de escapar, chego a ficar nervosa é super estranho. E se alguém me surpreende com um abraço, por exemplo  como já aconteceu, eu não consigo curtir com naturalidade, fico estranha. Acho que como não tive muito disso na minha vida, não aprendi direito ou não me sinto digna.

  Mas essa semana fiquei tão triste. Eu enviei uma mensagem para uma pessoa que eu amo falando o quanto eu estava sentindo a falta dela e em vez de enxergar o meu sentimento começou a questioná-lo. Ai que tristeza que me deu, raiva também, não vejo a hora de ser independente emocionalmente, eu vou lutar para que isso aconteça. Ninguém pode viver desse jeito e eu não suporto mais isso. Por que, eu me importo tanto mesmo que não demonstre e parece que ninguém liga pra isso, não ligam pra mim, tipo tanto faz. E enquanto a pessoa não está nem aí e continua vivendo sua vida numa boa eu fico aqui morrendo, sofrendo com os piores sentimentos e pensamentos.