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domingo, 5 de outubro de 2014

Erro recorrente

  Quando eu era criança, bem pequena mesmo, eu acreditava que se eu saísse um dia de casa e andasse direto sem deixar nada nem ninguém me impedir de andar em linha reta eu tocaria o céu.
   Fiquei muito desapontada quando depois de muitos anos na quinta série em uma aula sobre o sistema solar descobri que eu não poderia tocar o céu, foi chocante demais por que eu alimentava o desejo e a possibilidade de isso acontecer.
   Nos últimos meses caí no mesmo erro, sem querer saber de dados eu simplesmente alimentei desejos e possibilidades que não existem e nunca serão possíveis, eu em uma infantilidade sem medida, fantasiando e acreditando.
  Ontem o mais temido por mim veio a tona.
  Estou sozinha de novo.
  Eu só pensei na minha consulta com a psicanalista, por que eu preciso dela, na verdade agora eu só tenho ela, o cúmulo do desespero onde eu tenho que pagar alguém pra me escutar quando ninguém mais quer fazer isso.
   Tomara que nessa consulta haja coisas mais concretas pois eu não aguento mais a dor.

   Amanhã tenho psicoterapia e não tenho vontade de comparecer nela, não me sinto a vontade lá, mas farei o esforço de estar presente e depois tenho que tirar minhas tralhas de casa e esperar que esse novo passo não me traga mais dor.

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