Eu conseguia controlar a dor física, mas não o meu sofrimento!
Eu sempre escondi muito bem, até porque o que as pessoas viam as vezes eram cortes que mais pareciam arranhões, então nem ligavam e quando surgia um corte novo com ele surgia uma mentira nova e se alguém perguntasse era só disparar o que eu já tinha formulado na mente. O pior que já me aconteceu foi um corte na barriga em que eu levei nove pontos mas falei para o médico e todos que ficaram sabendo que me machuquei com uma garrafa quebrada, foi verdade. Mas não esclareci que eu mesma quis me machucar. Neste dia eu podia ter morrido, mas quando me cortei não era essa a intenção eu só queria aliviar a dor, e perdurar um pouco mais. Como tomar um analgésico específico.
Nunca falei abertamente sobre isso com ninguém próximo a mim, as pessoas acham estranho e pronto, não entendem e acabam machucando a gente de outro jeito, essa é a verdade.
E pesquisando na internet, vejo que a prática é mais comum do que pensamos, no mundo inteiro.
E por que assusta tanto? Se todos nós temos sofrido tanto por um motivo ou outro.
Vi muitos relatos de pessoas indicando causas para a automutilação, mas esses dias descobri algo mais importante do que saber as causas, o falar sobre o assunto com alguém, mas não qualquer pessoa. Falar para alguém que tenha interesse em você, que demonstre que entende você ou pelo menos tenta entender. Eu fiz isso!!! Tive um impulso muito forte. E por falar para uma amiga por mensagem mesmo, eu li as palavras mais amáveis e consoladoras que eu tanto precisava naquele momento, nesse dia eu não me cortei.
Eu sou mais de me sabotar do que me auto-mutilar mas sinto impulsos fortes quando a dor está incontrolável, eu tenho usado muito a técnica do gelo, tem dias que quase me congelo inteira.
Depois que esse dia terrível terminou, eu fiquei pensando em como poderia não cair na automutilação sem precisar perturbar a minha amiga sempre.
Então pensei em coisas que eu posso fazer quando estiver com essa dor incontrolável e listei em um caderno para eu saber o que tentar fazer. E em último caso tentar falar com alguém...
As vezes eu me pergunto se um dia eu vou conseguir para totalmente com a automutilação.
Por enquanto desde esse dia eu não me machuquei literalmente.
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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
sábado, 6 de dezembro de 2014
O que aconteceu nos últimos dias...
Os dias que se passaram foram dias de grandes mudanças e consequentemente, de muitos sentimentos, alguns incontroláveis até.
Está decidido eu irei morar só, ainda não sei como, mas eu vou. Já sei para onde vou e quando, (ainda esta semana), lá parece ser bem legal e meus futuros vizinhos me pareceram agradáveis.
Estou com planos de voltar para a universidade como já havia falado aqui, e dei os passos necessários para isso, vamos ver como será daqui para frente.
Enviei meu currículo para algumas empresas e consegui duas entrevistas, uma em um banco, que acho que não me saí bem daí o por quê de não terem me chamado e a outra eu fugi, não fui mesmo e daí?!
Nesses dias voltei a falar com os meus pais adotivos, então brigamos e deixamos de nos comunicar mas desde ontem estamos nos falando novamente. Até pensei em visitar eles na próxima semana, se isso acontecer, conto como foi.
Nesses dias ocorreu algo que me animou muito!!! Um convite inesperado de uma amiga para participar em um projeto super legal, uma ideia maravilhosa inteiramente dela, depois do convite borbulhou um monte de ideias legais na minha mente durante esses dias, houve uma noite que eu não estava tão bem e me distraí bastante criando umas coisas legais, até que o sono veio e o dia acabou.
Houve dois dias terríveis também, um em que o pensamento: "a morte é tudo que eu preciso" me acompanhou bem de perto e outro que para não sentir nada, assim que acordei tomei muitos remédios de manhã e dormi até as dez da noite, levantei para comer responder algumas mensagens que estavam no celular e como o dia tinha acabado tomei um banho quentinho e voltei a dormir.
Nesses dias minha mãe biológica teve que vir para a cidade onde eu moro e embora junto com ela venham péssimas lembranças nos encontramos, deu tudo certo.
Marquei consulta com uma nova terapeuta na próxima semana, dessa vez por aqui mesmo, não fiz isso por que eu quero, só fiz isso por causa da psiquiatra que estou indo, já que ela disse que só continuaria com ela se eu fizesse terapia. Bem então, lá vou eu outra vez.
Está decidido eu irei morar só, ainda não sei como, mas eu vou. Já sei para onde vou e quando, (ainda esta semana), lá parece ser bem legal e meus futuros vizinhos me pareceram agradáveis.
Estou com planos de voltar para a universidade como já havia falado aqui, e dei os passos necessários para isso, vamos ver como será daqui para frente.
Enviei meu currículo para algumas empresas e consegui duas entrevistas, uma em um banco, que acho que não me saí bem daí o por quê de não terem me chamado e a outra eu fugi, não fui mesmo e daí?!
Nesses dias voltei a falar com os meus pais adotivos, então brigamos e deixamos de nos comunicar mas desde ontem estamos nos falando novamente. Até pensei em visitar eles na próxima semana, se isso acontecer, conto como foi.
Nesses dias ocorreu algo que me animou muito!!! Um convite inesperado de uma amiga para participar em um projeto super legal, uma ideia maravilhosa inteiramente dela, depois do convite borbulhou um monte de ideias legais na minha mente durante esses dias, houve uma noite que eu não estava tão bem e me distraí bastante criando umas coisas legais, até que o sono veio e o dia acabou.
Houve dois dias terríveis também, um em que o pensamento: "a morte é tudo que eu preciso" me acompanhou bem de perto e outro que para não sentir nada, assim que acordei tomei muitos remédios de manhã e dormi até as dez da noite, levantei para comer responder algumas mensagens que estavam no celular e como o dia tinha acabado tomei um banho quentinho e voltei a dormir.
Nesses dias minha mãe biológica teve que vir para a cidade onde eu moro e embora junto com ela venham péssimas lembranças nos encontramos, deu tudo certo.
Marquei consulta com uma nova terapeuta na próxima semana, dessa vez por aqui mesmo, não fiz isso por que eu quero, só fiz isso por causa da psiquiatra que estou indo, já que ela disse que só continuaria com ela se eu fizesse terapia. Bem então, lá vou eu outra vez.
domingo, 23 de novembro de 2014
blog
Esse blog tem sido pra mim um caderno em branco que eu posso escrever o que eu quero. Gostaria de falar essas coisas também e como nem sempre posso, escrever já ajuda.
Ele tem sido um verdadeiro caso de amor e ódio!
Já pensei em eliminá-lo várias vezes, mas no fundo gosto da interação que há nele de outras pessoas que me enviam e-mails e alguns comentários também.
Muitos dias não tenho nada para escrever, e essa é a melhor descrição desses dias: NADA.
Mas acho que ele é um pouco como a minha vida, eu também já pensei várias vezes em eliminá-la, e tentei também. Mas nas vezes que só pensei e não tentei, houve algo que me impulsionasse a continuar um pouco mais, as vezes fico pensando nisso, de cada vez que eu penso em desistir, eu também penso em porque eu ainda estou de pé, uma amiga me fez ver o quanto somos fortes outro dia. Pois já vivemos em tempos tão difíceis e nós borders ainda temos um peso tão grande de dor, que as vezes esquecemos que se temos caminhado até aqui é porque tiramos força de algum lugar.
Ele tem sido um verdadeiro caso de amor e ódio!
Já pensei em eliminá-lo várias vezes, mas no fundo gosto da interação que há nele de outras pessoas que me enviam e-mails e alguns comentários também.
Muitos dias não tenho nada para escrever, e essa é a melhor descrição desses dias: NADA.
Mas acho que ele é um pouco como a minha vida, eu também já pensei várias vezes em eliminá-la, e tentei também. Mas nas vezes que só pensei e não tentei, houve algo que me impulsionasse a continuar um pouco mais, as vezes fico pensando nisso, de cada vez que eu penso em desistir, eu também penso em porque eu ainda estou de pé, uma amiga me fez ver o quanto somos fortes outro dia. Pois já vivemos em tempos tão difíceis e nós borders ainda temos um peso tão grande de dor, que as vezes esquecemos que se temos caminhado até aqui é porque tiramos força de algum lugar.
sábado, 22 de novembro de 2014
Pessoas que morrem
"Matar não quer dizer a gente pegar um revólver e fazer bum!
Não é isso.
A gente mata no coração.
Vai deixando de querer bem.
E um dia a pessoa morreu."
Não é isso.
A gente mata no coração.
Vai deixando de querer bem.
E um dia a pessoa morreu."
domingo, 16 de novembro de 2014
Quando as palavras doem mais que um soco no estômago
Eu nunca levei um soco no estômago, mas sei que dependendo de como um soco no estômago é dado em alguém essa pessoa pode até morrer.
Eu sempre me enfureci grandemente quando as pessoas que eu mais prezo questionavam a minha motivação relacionado a determinada atitude. Exemplo: "Você falou tal coisa pois queria me envergonhar na frente de outros".
NÃO! Eu não falei com essa intenção, o fiz querendo chamar atenção, ou era o que eu realmente estava sentindo na hora, ou foi uma brincadeira sei lá as vezes é outro motivo e mesmo explicando para pessoa em questão a merda já foi feita mesmo e eu não consigo lidar com as consequências disso. Mas eu que me meto nessas situações sei melhor que ninguém a minha motivação e estou tentando não deixar que me digam o por quê fiz certas coisas. Porque quando eu calo, dói tanto, me sinto mais horrível do que já sou. Palavras que parecem vidros que acabo engolindo e me cortando, me firo mas não solto para não ferir os outros. Talvez se eu tivesse pálpebras nos ouvidos conseguisse evitar muita coisa ruim.
Eu saí de casa faz um mês e meu pai adotivo falou que eu fui muito dramática na ocasião, falou que eu exagerei e coisas do tipo. E eu estou começando a entender que as pessoas só veem o que aparece aos olhos, o momento. Elas não têm a mesma sensibilidade que eu tenho. O que para alguns é exagero, para mim tem muito a ver com quem eu sou, meus sentimentos, ou mesmo como eu estou no momento, pois o que as pessoas veem é como se fosse menos de 10% do que eu realmente estou passando. Elas não sabem como eu fico na primeira oportunidade que tenho de ficar só, no meu quarto, no banheiro, ou mesmo quando elas me deixam só. E eu nem quero que saibam mesmo, pois se o pouco que elas sabem já causa reações tão repulsivas, então fica claro que se eu insistir será só para me machucar mais.
As vezes eu fico pensando que eu não consigo superar essas coisas, por que se eu cair literalmente, me machucar literalmente ou apanhar literalmente com o tempo passa. Mas quando se trata de palavras e atitudes, elas simplesmente não saem da minha cabeça, ficam martelando, sempre.
Há alguns dias atras eu estava dormindo sem controle, mas ultimamente eu tenho tentado me distrair com muitas coisas, mas não têm sido o bastante.
Sabe por que as palavras chegam até mim e dependendo do seu conteúdo podem ser devastadoras para mim? Por que quando o meu coração está cheio de amor ou qualquer outro sentimento, então eu começo a externar esse sentimento, com palavras. Então quando escuto palavras de quem amo sei que estão externando o que sentem ou o que acham de mim, o que elas já têm em seu coração, ainda mais quando são palavras ditas constantemente.
O que os que estão do outro lado falam de mim dificilmente mudará quem sou, mas estou começando a mudar o que eu pensava sobre eles.
Eu sempre me enfureci grandemente quando as pessoas que eu mais prezo questionavam a minha motivação relacionado a determinada atitude. Exemplo: "Você falou tal coisa pois queria me envergonhar na frente de outros".
NÃO! Eu não falei com essa intenção, o fiz querendo chamar atenção, ou era o que eu realmente estava sentindo na hora, ou foi uma brincadeira sei lá as vezes é outro motivo e mesmo explicando para pessoa em questão a merda já foi feita mesmo e eu não consigo lidar com as consequências disso. Mas eu que me meto nessas situações sei melhor que ninguém a minha motivação e estou tentando não deixar que me digam o por quê fiz certas coisas. Porque quando eu calo, dói tanto, me sinto mais horrível do que já sou. Palavras que parecem vidros que acabo engolindo e me cortando, me firo mas não solto para não ferir os outros. Talvez se eu tivesse pálpebras nos ouvidos conseguisse evitar muita coisa ruim.
Eu saí de casa faz um mês e meu pai adotivo falou que eu fui muito dramática na ocasião, falou que eu exagerei e coisas do tipo. E eu estou começando a entender que as pessoas só veem o que aparece aos olhos, o momento. Elas não têm a mesma sensibilidade que eu tenho. O que para alguns é exagero, para mim tem muito a ver com quem eu sou, meus sentimentos, ou mesmo como eu estou no momento, pois o que as pessoas veem é como se fosse menos de 10% do que eu realmente estou passando. Elas não sabem como eu fico na primeira oportunidade que tenho de ficar só, no meu quarto, no banheiro, ou mesmo quando elas me deixam só. E eu nem quero que saibam mesmo, pois se o pouco que elas sabem já causa reações tão repulsivas, então fica claro que se eu insistir será só para me machucar mais.
As vezes eu fico pensando que eu não consigo superar essas coisas, por que se eu cair literalmente, me machucar literalmente ou apanhar literalmente com o tempo passa. Mas quando se trata de palavras e atitudes, elas simplesmente não saem da minha cabeça, ficam martelando, sempre.
Há alguns dias atras eu estava dormindo sem controle, mas ultimamente eu tenho tentado me distrair com muitas coisas, mas não têm sido o bastante.
Sabe por que as palavras chegam até mim e dependendo do seu conteúdo podem ser devastadoras para mim? Por que quando o meu coração está cheio de amor ou qualquer outro sentimento, então eu começo a externar esse sentimento, com palavras. Então quando escuto palavras de quem amo sei que estão externando o que sentem ou o que acham de mim, o que elas já têm em seu coração, ainda mais quando são palavras ditas constantemente.
O que os que estão do outro lado falam de mim dificilmente mudará quem sou, mas estou começando a mudar o que eu pensava sobre eles.
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
Tentando
Eu não posso fazer só o que eu quero, a vida é mais que isso. A vida é você ter que enfrentar muita coisa. Por enquanto o que faço de melhor é fugir.
Eu até sou esperta em algumas situações, sei jogar o jogo da vida por assim dizer. Afinal estou aqui para contar isso. Mas se em uma situação, eu estou envolvida emocionalmente, aí há problemas.
Se eu soubesse exatamente o que os outros esperam de mim seria mais fácil, mas como estou falando da vida, então devo esquecer essa parte de fácil.
Eu nunca falei eu te amo pessoalmente para alguém, pelo menos eu não lembro. Por mensagens é mais fácil. Ao ser questionada por meu pai esta semana passei a pensar nisso.
Sentir amor é importante mas amar é essencial, é algo maior, algo necessário. Você saber fazer algo é uma coisa, agora você exercer o que sabe é totalmente diferente. E é disso que estou falando. Acho que eu exerço em vez de falar, eu simplesmente amo. E se a pessoa tem whatsapp ela vai saber do contrário eu não falarei.
Eu ainda tenho que mudar muita coisa, mudar acho que é muito radical. Melhorar, essa é a palavra.
Mas deixem me contar o que já tenho feito e passado despercebida.
Eu consigo fingir que estou bem, mesmo quando não estou.
Eu consigo rir.
Sou super amigável com pessoas que nem conheço direito.
Eu já não me desespero tanto se alguém quer ir dormir as duas ou três da madruga quando eu ainda quero conversar mais.
Eu amo meus pais mas saí de casa para eles não sofrerem mais comigo e pretendo nunca mais voltar. Mas só decidi isso por que eles se cansaram. Já se passou um mês e oito dias, até agora tem dado certo.
Eu prefiro ter trabalho do que dar trabalho a outros, mas nem sempre dá certo.
Meu próximo passo é cuidar um pouco de mim, não sei bem como começar mas sem saber uma amiga me deu umas ideias.
Eu até sou esperta em algumas situações, sei jogar o jogo da vida por assim dizer. Afinal estou aqui para contar isso. Mas se em uma situação, eu estou envolvida emocionalmente, aí há problemas.
Se eu soubesse exatamente o que os outros esperam de mim seria mais fácil, mas como estou falando da vida, então devo esquecer essa parte de fácil.
Eu nunca falei eu te amo pessoalmente para alguém, pelo menos eu não lembro. Por mensagens é mais fácil. Ao ser questionada por meu pai esta semana passei a pensar nisso.
Sentir amor é importante mas amar é essencial, é algo maior, algo necessário. Você saber fazer algo é uma coisa, agora você exercer o que sabe é totalmente diferente. E é disso que estou falando. Acho que eu exerço em vez de falar, eu simplesmente amo. E se a pessoa tem whatsapp ela vai saber do contrário eu não falarei.
Eu ainda tenho que mudar muita coisa, mudar acho que é muito radical. Melhorar, essa é a palavra.
Mas deixem me contar o que já tenho feito e passado despercebida.
Eu consigo fingir que estou bem, mesmo quando não estou.
Eu consigo rir.
Sou super amigável com pessoas que nem conheço direito.
Eu já não me desespero tanto se alguém quer ir dormir as duas ou três da madruga quando eu ainda quero conversar mais.
Eu amo meus pais mas saí de casa para eles não sofrerem mais comigo e pretendo nunca mais voltar. Mas só decidi isso por que eles se cansaram. Já se passou um mês e oito dias, até agora tem dado certo.
Eu prefiro ter trabalho do que dar trabalho a outros, mas nem sempre dá certo.
Meu próximo passo é cuidar um pouco de mim, não sei bem como começar mas sem saber uma amiga me deu umas ideias.
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
Coisas aleatórias
E a pessoa ainda não se dando conta de quem fez você mudar te pergunta: "Por que você está diferente?
Quando se ama alguém é preciso ser muito altruísta ao ponto de dar o que o outro precisa, e eu decide soltar... é! Decidi deixar livre, as vezes é isso que o outro quer, repare que eu não disse que é fácil, mas que é necessário dependendo da situação.
Alguns relaxam com o tempo já outros são relaxados mesmo.
Eu me sinto como uma bola de tênis, uma raquetada e eu já estou em outra direção totalmente oposta. Então comigo ninguém relaxa, por que quando acham que estão me entendendo, não é nada disso.
E esses dias eu estive pensando, que só um profissional interessado pode entender um pouco uma pessoa como eu ou uma pessoa que tenha o mesmo tipo de personalidade, por que por mais que tenhamos experiências diferentes, há uma empatia. E tal empatia não encontramos em qualquer um, mesmo querendo encontrar, isso não muda as coisas. Eu não encontrei e não vou encontrar, eu só preciso lembrar disso.
Quando se ama alguém é preciso ser muito altruísta ao ponto de dar o que o outro precisa, e eu decide soltar... é! Decidi deixar livre, as vezes é isso que o outro quer, repare que eu não disse que é fácil, mas que é necessário dependendo da situação.
Alguns relaxam com o tempo já outros são relaxados mesmo.
Eu me sinto como uma bola de tênis, uma raquetada e eu já estou em outra direção totalmente oposta. Então comigo ninguém relaxa, por que quando acham que estão me entendendo, não é nada disso.
E esses dias eu estive pensando, que só um profissional interessado pode entender um pouco uma pessoa como eu ou uma pessoa que tenha o mesmo tipo de personalidade, por que por mais que tenhamos experiências diferentes, há uma empatia. E tal empatia não encontramos em qualquer um, mesmo querendo encontrar, isso não muda as coisas. Eu não encontrei e não vou encontrar, eu só preciso lembrar disso.
sábado, 8 de novembro de 2014
Inteligência Superficial
Eu até posso ter talentos e habilidades maravilhosos uma curiosidade aguçada para muitas coisas que eu quero saber e aprender . Mas de que adianta? Ainda mais quando as coisas perdem o sentido, significado ou valor, sei lá, é estranho, mas acontece frequentemente.
Eu sempre fui diferente, eu sou diferente, todos somos, mas sempre vi que eu fugia do comum.
Eu nunca encontrei alguém tão em duvida constante como eu.
Eu entrei na universidade federal aos 17 anos, no curso de letras que era a minha paixão do momento mas logo essa paixão se esfriou, então entrei na universidade estadual, no curso de biologia que na época eu me encantei mas o encanto também passou, entendi que eu me identificava mesmo era com engenharia e passei a cursar engenharia em uma universidade particular e depois vi que não me identificava tanto assim, perdia o foco facilmente, começava vários projetos e não terminava nenhum, desisti de novo. A química era a solução, em uma universidade particular dei início ao curso e como todos os outros acabei desistindo.
Passei a gostar de idiomas, aprendi inglês, espanhol e LIBRAS. Agora estou estudando francês.
Amo manualidades e tem dias que acordo super criativa. Faço coisas bem legais.
As minhas dúvidas ainda não passaram e eu sinto falta de liderança, mas a questão é que eu sou (teoricamente pela idade real) uma adulta. O fato de eu me comportar como uma criança, que dá birra quando é contrariada, ou perde o interesse pela brincadeira não muda isso para os outros.
Eu me inscrevi para fazer psicologia, eu não sei se dessa vez dará certo, agora é o único curso que eu tenho interesse.
Quando eu recebo um elogio, dependendo da ocasião eu fico feliz, que é quando eu quero chamar atenção e vejo que deu certo, ou fico com raiva, que é quando eu tenho consciência real que eu não sei de nada que me ajude de verdade e parece que ninguém enxerga. As vezes as coisas que eu sei acabam me confundindo, pois eu sempre penso em várias possibilidades e acabo não fazendo nada.
Talvez esse seja um novo começo, que eu espero começar bem e terminar bem, pois das outras vezes eu comecei bem, mas também só comecei.
Eu sempre fui diferente, eu sou diferente, todos somos, mas sempre vi que eu fugia do comum.
Eu nunca encontrei alguém tão em duvida constante como eu.
Eu entrei na universidade federal aos 17 anos, no curso de letras que era a minha paixão do momento mas logo essa paixão se esfriou, então entrei na universidade estadual, no curso de biologia que na época eu me encantei mas o encanto também passou, entendi que eu me identificava mesmo era com engenharia e passei a cursar engenharia em uma universidade particular e depois vi que não me identificava tanto assim, perdia o foco facilmente, começava vários projetos e não terminava nenhum, desisti de novo. A química era a solução, em uma universidade particular dei início ao curso e como todos os outros acabei desistindo.
Passei a gostar de idiomas, aprendi inglês, espanhol e LIBRAS. Agora estou estudando francês.
Amo manualidades e tem dias que acordo super criativa. Faço coisas bem legais.
As minhas dúvidas ainda não passaram e eu sinto falta de liderança, mas a questão é que eu sou (teoricamente pela idade real) uma adulta. O fato de eu me comportar como uma criança, que dá birra quando é contrariada, ou perde o interesse pela brincadeira não muda isso para os outros.
Eu me inscrevi para fazer psicologia, eu não sei se dessa vez dará certo, agora é o único curso que eu tenho interesse.
Quando eu recebo um elogio, dependendo da ocasião eu fico feliz, que é quando eu quero chamar atenção e vejo que deu certo, ou fico com raiva, que é quando eu tenho consciência real que eu não sei de nada que me ajude de verdade e parece que ninguém enxerga. As vezes as coisas que eu sei acabam me confundindo, pois eu sempre penso em várias possibilidades e acabo não fazendo nada.
Talvez esse seja um novo começo, que eu espero começar bem e terminar bem, pois das outras vezes eu comecei bem, mas também só comecei.
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
Escolhas e o amor
Fique com um amor que te de respostas e não problemas.
Segurança e não medo.
Confiança e não mais duvidas.
Paulo Coelho
Segurança e não medo.
Confiança e não mais duvidas.
Paulo Coelho
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
Umas vontades
Quero ser forte por que me acho fraca diante de muitas situações, e eu sei que a era que eu vivo não me permite ser fraca, pois todos os dias eu quebro a cara com a minha fraqueza.
Estou sempre alerta pois já fui traída. Por pessoas que nunca pensei, aquelas que nunca questionei nada, aquelas que eu amava e nem por isso foi menos dolorido.
Quero rir mais porque hoje a tristeza tem sido minha maior companhia.
Vivo o agora e faço coisas que me dão na mente, mudo rápido de ideias, humor e atitudes pois o amanhã pra mim não é seguro.
Nunca foi.
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
domingo, 2 de novembro de 2014
Cuidados
Ontem recebi algo muito legal de de Amanda Smith Expert em TPB e quero compartilhar com vocês, é uma auto-avaliação de cuidados:
*Avaliação de Auto-cuidado para pessoas diagnosticadas com TPB
Viver com TPB pode ser um desafio.
O Auto-cuidado regular pode ajudar a aliviar um pouco o medo, tristeza, raiva e
ansiedade que você pode estar sentindo.
Nos últimos 30 dias, quantas vezes você se empenhou nestes métodos de auto-cuidados específicos?
Pontuação:
4 = Sempre
3 = Frequentemente
2 = Às vezes
1 = Raramente
0 = Não se aplica a mim, neste momento
Cuidados físicos
[ ] Teve pequenas refeições equilibradas ao longo do dia
[ ] Se exercitou por pelo menos 15 minutos a cada dia
[ ] Seguiu as instruções de cuidados preventivos
[ ] Tomou banho e escovou os dentes diariamente
[ ] Dormiu equilibradamente
[ ] Absteve-se de auto-medicação sem prescrição médica, álcool ou drogas
[ ] A pontuação total para esta seção
Cuidados emocionais
[ ] Participou de todos os tratamentos, terapia compromissos agendados
[ ] Tirou tempo para hobbies e atividades prazerosas
[ ] Educadamente disse não para solicitações indesejadas
[ ] Deixou os outros saberem quando precisa de ajuda extra
[ ] Tirou tempo para amigos e entes queridos
[ ] Validou suas próprias emoções, pensamentos e experiências
[ ] Praticou a auto-compaixão
[ ] A pontuação total para esta seção
Relações e Cuidados
[ ] Ficou ligado a amigos e familiares
[ ] Separou um tempo para passar com as pessoas com quem se importa
[ ] Pediu desculpas ou fez as pazes quando eu estava errado
[ ] Expressou Apreciação e gratidão aos outros
[ ] Expressou empatia com os outros ou pensou sobre os problemas deles
[ ] Estabeleceu limites quando necessário
[ ] A pontuação total para esta seção
Cuidado espiritual
[ ] Desenvolveu algum serviço religioso ou espiritual
[ ] Gastou tempo com outras pessoas que partilham crenças similares
[ ] Procurou direção ou orientação espiritual
[ ] Rezou ou pediu a alguém para orar por você
[ ] Praticou meditação
[ ] Identificou valores importantes e procurou um significado para a sua vida
[ ] Leu ou assistiu coisas inspiradoras
[ ] A pontuação total para esta seção
Pontuação total por seção:
20-28 Excelente! Você está fazendo um grande trabalho de cuidar de si mesmo em
nesta área.
10-19 Muito bom. Identifique e corrija eventuais lacunas no auto-cuidado.
9 ou abaixo. Ninguém é perfeito. Mas você pode progredir com alguns cuidados.
Lembre-se, uma pontuação de zero (não aplicável) em qualquer área pode diminuir sua
pontuação na seção.
*Traduzido livremente por mim.
*Avaliação de Auto-cuidado para pessoas diagnosticadas com TPB
Viver com TPB pode ser um desafio.
O Auto-cuidado regular pode ajudar a aliviar um pouco o medo, tristeza, raiva e
ansiedade que você pode estar sentindo.
Nos últimos 30 dias, quantas vezes você se empenhou nestes métodos de auto-cuidados específicos?
Pontuação:
4 = Sempre
3 = Frequentemente
2 = Às vezes
1 = Raramente
0 = Não se aplica a mim, neste momento
Cuidados físicos
[ ] Teve pequenas refeições equilibradas ao longo do dia
[ ] Se exercitou por pelo menos 15 minutos a cada dia
[ ] Seguiu as instruções de cuidados preventivos
[ ] Tomou banho e escovou os dentes diariamente
[ ] Dormiu equilibradamente
[ ] Absteve-se de auto-medicação sem prescrição médica, álcool ou drogas
[ ] A pontuação total para esta seção
Cuidados emocionais
[ ] Participou de todos os tratamentos, terapia compromissos agendados
[ ] Tirou tempo para hobbies e atividades prazerosas
[ ] Educadamente disse não para solicitações indesejadas
[ ] Deixou os outros saberem quando precisa de ajuda extra
[ ] Tirou tempo para amigos e entes queridos
[ ] Validou suas próprias emoções, pensamentos e experiências
[ ] Praticou a auto-compaixão
[ ] A pontuação total para esta seção
Relações e Cuidados
[ ] Ficou ligado a amigos e familiares
[ ] Separou um tempo para passar com as pessoas com quem se importa
[ ] Pediu desculpas ou fez as pazes quando eu estava errado
[ ] Expressou Apreciação e gratidão aos outros
[ ] Expressou empatia com os outros ou pensou sobre os problemas deles
[ ] Estabeleceu limites quando necessário
[ ] A pontuação total para esta seção
Cuidado espiritual
[ ] Desenvolveu algum serviço religioso ou espiritual
[ ] Gastou tempo com outras pessoas que partilham crenças similares
[ ] Procurou direção ou orientação espiritual
[ ] Rezou ou pediu a alguém para orar por você
[ ] Praticou meditação
[ ] Identificou valores importantes e procurou um significado para a sua vida
[ ] Leu ou assistiu coisas inspiradoras
[ ] A pontuação total para esta seção
Pontuação total por seção:
20-28 Excelente! Você está fazendo um grande trabalho de cuidar de si mesmo em
nesta área.
10-19 Muito bom. Identifique e corrija eventuais lacunas no auto-cuidado.
9 ou abaixo. Ninguém é perfeito. Mas você pode progredir com alguns cuidados.
Lembre-se, uma pontuação de zero (não aplicável) em qualquer área pode diminuir sua
pontuação na seção.
*Traduzido livremente por mim.
sábado, 1 de novembro de 2014
Pesadelo
O TPB se apoderou de mim de tal maneira que nem sei mais o que eu sinto, como se não bastasse ser mulher com todas as suas complicações e ainda com um grau de dificuldade o TPB!
Vontade de desaparecer e não ter que lamentar por mais nada e nem ninguém.
Eu caí na pior doença de todas, na solidão consentida, no desespero, no choro, na ausência de mim. É o que eu mais odeio em mim mesma. E o meu pesadelo realmente começa quando eu tento agradar a todos os que eu mais prezo me tornando uma coisa que não quero ser ou não sei se quero ser... fico obcecada com o meu corpo, a minha forma de ser. Fico pensando no que as pessoas vêem ao me olhar, se elas riem por quaisquer motivos que eu não saiba, já é motivo pra eu me sentir mal e continuar lutando com a comida. Minha luta contra a comida chega ser a mesma luta que travo contra mim mesma. Eu sou covarde eu sei, penso que sou a mais covarde até.
Onde está o limite pra mim?
Tudo ao meu redor se converte no pior inferno, horrível! Agora eu quero atacar até mesmo o espelho, ele é meu inimigo, sempre foi. Perdi as contas de quantos espelhos quebrei com socos que me feriram e me aliviaram no momento.
Uma coisa que não tenho muito controle, ou não tenho controle nenhum. Eu tenho sim controle, mais a vontade de me comunicar com pessoas que eu amo e querer que elas respondam imediatamente as minhas mensagens e e-mails, é algo desesperador, parece que dura uma eternidade e eu começo a ser insistente, mandando trocentas mensagens e a cada uma delas não respondida já começo a pensar que a pessoa não dá a mínima pra mim. Fico com uma ansiedade tão grande que nisso já quebrei celulares.
Para amenizar essas vontades loucas ou mesmo a ansiedade (que me faz comer feito um elefante que estava enjaulado) tenho me distraído.
Vontade de desaparecer e não ter que lamentar por mais nada e nem ninguém.
Eu caí na pior doença de todas, na solidão consentida, no desespero, no choro, na ausência de mim. É o que eu mais odeio em mim mesma. E o meu pesadelo realmente começa quando eu tento agradar a todos os que eu mais prezo me tornando uma coisa que não quero ser ou não sei se quero ser... fico obcecada com o meu corpo, a minha forma de ser. Fico pensando no que as pessoas vêem ao me olhar, se elas riem por quaisquer motivos que eu não saiba, já é motivo pra eu me sentir mal e continuar lutando com a comida. Minha luta contra a comida chega ser a mesma luta que travo contra mim mesma. Eu sou covarde eu sei, penso que sou a mais covarde até.
Onde está o limite pra mim?
Tudo ao meu redor se converte no pior inferno, horrível! Agora eu quero atacar até mesmo o espelho, ele é meu inimigo, sempre foi. Perdi as contas de quantos espelhos quebrei com socos que me feriram e me aliviaram no momento.
Para amenizar essas vontades loucas ou mesmo a ansiedade (que me faz comer feito um elefante que estava enjaulado) tenho me distraído.
- Tirando fotos,
- Manualidades,
- Escrevendo poesia.
- vendo filmes ou
- escrevendo neste blog.
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
A menina do canto
Ela lamenta muitas coisas em sua vida, ela grita e é indelicada com os que estão ao seu redor.
Parece que quanto mais íntimos mais problemas.
Ela machuca o seu próprio coração e o de outros com um desespero inevitável.
Não tem freio e faz escândalos.
Ela é feliz e triste em um mesmo momento.
Ela se entrega por inteiro a tudo que gosta ou pensa que gosta.
Ela se perde facilmente.
Ela é misteriosa e cativante.
Ela muda radicalmente sem aviso prévio.
Ela é irônica.
Ela sempre foi deixada de lado, em um canto qualquer mesmo, já devia ter se acostumado muitos pensam.
Ela até aprendeu a ficar no canto e mesmo quando não estava, ela recorria a ele quando fugia de situações que não sabia lidar.
Quem quer ser amigo de uma pessoa assim?
Não nos surpreende ela não ter muitos amigos.
Alguns se dizem amigos dela mas quando ela precisa não pode contar com eles.
Mesmo em meio a muita gente ela se sente só na maioria das vezes.
Ela fere assim como foi ferida.
Ela precisa de proteção.
Ela gosta de manter o peso e saber que pode controlar alguma coisa na sua vida tão descontrolada.
Nem sempre é fácil, ela já foi internada por ter parado de comer.
Ela luta contra si, como se ela fosse o seu inimigo, e nessa luta acaba sendo mesmo.
Ela nunca viu meu rosto mas sou a única companhia dela.
Agora ela tem andado só, com dores ou não ela tem andado.
Só não sei até quando.
Parece que quanto mais íntimos mais problemas.
Ela machuca o seu próprio coração e o de outros com um desespero inevitável.
Não tem freio e faz escândalos.
Ela é feliz e triste em um mesmo momento.
Ela se entrega por inteiro a tudo que gosta ou pensa que gosta.
Ela se perde facilmente.
Ela é misteriosa e cativante.
Ela muda radicalmente sem aviso prévio.
Ela é irônica.
Ela sempre foi deixada de lado, em um canto qualquer mesmo, já devia ter se acostumado muitos pensam.
Ela até aprendeu a ficar no canto e mesmo quando não estava, ela recorria a ele quando fugia de situações que não sabia lidar.
Quem quer ser amigo de uma pessoa assim?
Não nos surpreende ela não ter muitos amigos.
Alguns se dizem amigos dela mas quando ela precisa não pode contar com eles.
Mesmo em meio a muita gente ela se sente só na maioria das vezes.
Ela fere assim como foi ferida.
Ela precisa de proteção.
Ela gosta de manter o peso e saber que pode controlar alguma coisa na sua vida tão descontrolada.
Nem sempre é fácil, ela já foi internada por ter parado de comer.
Ela luta contra si, como se ela fosse o seu inimigo, e nessa luta acaba sendo mesmo.
Ela nunca viu meu rosto mas sou a única companhia dela.
Agora ela tem andado só, com dores ou não ela tem andado.
Só não sei até quando.
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
Como você está?
As vezes eu só falto morrer com essa pergunta que virou cumprimento, onde ninguém nem para e escuta o que você responde. Só falam isso te cumprimentando e pronto.
As vezes basta a pessoa (depende de que "pessoa" se trata) me perguntar isso para eu me iludir e achar que ela realmente se importa comigo, e eu acabo compartilhando com quem não merece coisas que eu não devia.
Depois que o encanto passa que eu percebo o quanto fui boba.
Eu gostaria acabar, apagar todas essas lembranças chatas das minhas idiotices que só me envergonham.
As vezes basta a pessoa (depende de que "pessoa" se trata) me perguntar isso para eu me iludir e achar que ela realmente se importa comigo, e eu acabo compartilhando com quem não merece coisas que eu não devia.
Depois que o encanto passa que eu percebo o quanto fui boba.
Eu gostaria acabar, apagar todas essas lembranças chatas das minhas idiotices que só me envergonham.
domingo, 26 de outubro de 2014
Te odeio mas não me deixe
Eu chego a lamentar as pessoas que me rodeiam pois tenho medo que elas queiram ir embora, o que sempre acaba acontecendo. Perdi as contas de todas as vezes que isso aconteceu.
A sensação de que eu não consigo manter uma relação decente com ninguém é terrível, me dói, me corrói, me envergonha e fere.
Eu tento ter uma vida normal, manter esta vida, as vezes os dias bons chegam e eu penso em coisas tão legais e animadoras, mas quando chegam os dias péssimos eu penso o quanto eu sou um fracasso como pessoa.
Eu nunca tive um bom relacionamento com as pessoas e as vezes me sinto depreciada por ser vulnerável, sei lá. É ESQUISITO!
Eu tenho muito medo da intimidade de outros comigo.
Tem dias que eu acordo e nem ligo pra ninguém, o máximo que posso fazer é fingir que está tudo bem mas na maioria das vezes não consigo e acabo sendo fria. Mas se não me olharem pelo menos, quero morrer, eu quero que compartilhem tudo, mas eu pouco falo e conto (alguns até me chamam de misteriosa), quero muito que as pessoas se aproximem de mim mas essa mesma proximidade que eu quero é a mesma que me causa desconforto, aí eu começo a me afastar por medo de estar próximo mas se esse afastamento acontece eu logo começo a lutar para que volte a ficar tudo muito próximo. Mas como eu nessa altura já devo ter estragado o que contruí então tenho que começar tudo de novo, mas agora as coisas não são mais as mesmas, agora as pessoas já ficam desconfiadas e é mais difícil para mim e para elas. Algo doido né?
É nisso que está o desgaste meu e de outros, não sei o que faço e muito menos o que devo fazer, eu até penso no que devo fazer mas na hora da prática faço tudo com impulsividade e estrago tudo.
Me sinto como um hamster dentro daquelas rodinhas deles, correndo desesperadamente e em vão, sem um objetivo concreto.
Só de pensar ou me comunicar por meios eletrônicos com as pessoas que eu perdi, caio no choro e fico mal. Muito embora tem dias que me dá raiva dessas pessoas que eu não quero nem falar e se eu falo acabo falando besteira. Fico triste por terem me abandonado.
Eu penso em mudar nos próximos relacionamentos, mas é só alguém me dá uma atenção especial (o que não é difícil pois sei ser cativante e chamar atenção quando quero) que eu logo me iludo e imagino como tudo pode ser bom e aí começa tudo de novo. Eu começo a correr desesperadamente de novo novamente outra vez.
Por que apesar de tudo eu continuo querendo sentir e dar amor embora não consiga demonstrar, quero deixar de estar/ser só, queria ser valiosa pra alguém. Mas não posso. Sempre quis ser a mocinha, mas nem sei quem eu sou agora.
A sensação de que eu não consigo manter uma relação decente com ninguém é terrível, me dói, me corrói, me envergonha e fere.
Eu tento ter uma vida normal, manter esta vida, as vezes os dias bons chegam e eu penso em coisas tão legais e animadoras, mas quando chegam os dias péssimos eu penso o quanto eu sou um fracasso como pessoa.
Eu nunca tive um bom relacionamento com as pessoas e as vezes me sinto depreciada por ser vulnerável, sei lá. É ESQUISITO!
Eu tenho muito medo da intimidade de outros comigo.
Tem dias que eu acordo e nem ligo pra ninguém, o máximo que posso fazer é fingir que está tudo bem mas na maioria das vezes não consigo e acabo sendo fria. Mas se não me olharem pelo menos, quero morrer, eu quero que compartilhem tudo, mas eu pouco falo e conto (alguns até me chamam de misteriosa), quero muito que as pessoas se aproximem de mim mas essa mesma proximidade que eu quero é a mesma que me causa desconforto, aí eu começo a me afastar por medo de estar próximo mas se esse afastamento acontece eu logo começo a lutar para que volte a ficar tudo muito próximo. Mas como eu nessa altura já devo ter estragado o que contruí então tenho que começar tudo de novo, mas agora as coisas não são mais as mesmas, agora as pessoas já ficam desconfiadas e é mais difícil para mim e para elas. Algo doido né?
É nisso que está o desgaste meu e de outros, não sei o que faço e muito menos o que devo fazer, eu até penso no que devo fazer mas na hora da prática faço tudo com impulsividade e estrago tudo.
Me sinto como um hamster dentro daquelas rodinhas deles, correndo desesperadamente e em vão, sem um objetivo concreto.
Só de pensar ou me comunicar por meios eletrônicos com as pessoas que eu perdi, caio no choro e fico mal. Muito embora tem dias que me dá raiva dessas pessoas que eu não quero nem falar e se eu falo acabo falando besteira. Fico triste por terem me abandonado.
Eu penso em mudar nos próximos relacionamentos, mas é só alguém me dá uma atenção especial (o que não é difícil pois sei ser cativante e chamar atenção quando quero) que eu logo me iludo e imagino como tudo pode ser bom e aí começa tudo de novo. Eu começo a correr desesperadamente de novo novamente outra vez.
Por que apesar de tudo eu continuo querendo sentir e dar amor embora não consiga demonstrar, quero deixar de estar/ser só, queria ser valiosa pra alguém. Mas não posso. Sempre quis ser a mocinha, mas nem sei quem eu sou agora.
sábado, 25 de outubro de 2014
Entendendo coisas
Hoje eu estava caminhando com uma amiga pela rua e em nossa conversa, estávamos tentando entender certas atitudes das pessoas e chegamos a conclusão de que tudo tem um motivo, isso até parece óbvio demais, rsrsr. Mas eu fiquei super feliz em falar sobre isso e pensar sobre isso, por que sei que muitas coisas meio malucas que fiz foram desencadeadas por alguma coisa, é claro que não justifica algumas coisas que fiz mas me alivia o sentimento de culpa de mim mesma quando depois de uma atitude impulsiva minha as pessoas se afastam, me rejeitam ou mesmo me abandonam literalmente.
Por que todas as vezes que dei uma má resposta pode se dizer que foram merecidas, muita das vezes a pessoa já tinha sua parcela de culpa mas eu tenho a tendência de achar que as pessoas são perfeitas inicialmente e o erro no conjunto sou eu.
Todas as vezes que me isolei eu até agradeço por ter feito isso, pois se não teria feito uma besteira... enfim, eu não fiz essas coisas simplesmente do nada, mas infelizmente depois que somos diagnosticados e as pessoas sabem disso automaticamente elas ficam perfeitas, têm imunidade e sempre são bem intencionadas em suas atitudes. Nós que fazemos coisas impensadas por que somos Borderlines, nos irritamos por que somos Borderlines, nos entristecemos por que somos Borderlines e nos desapontamos por que somos borderlines ou seja não têm nada a ver com elas por que agora que descobriram que temos o TPB, as pessoas que nos rodeiam simplesmente não têm mais culpa.
Mais do que raiva e indignação isso me entristece.
Por que todas as vezes que dei uma má resposta pode se dizer que foram merecidas, muita das vezes a pessoa já tinha sua parcela de culpa mas eu tenho a tendência de achar que as pessoas são perfeitas inicialmente e o erro no conjunto sou eu.
Todas as vezes que me isolei eu até agradeço por ter feito isso, pois se não teria feito uma besteira... enfim, eu não fiz essas coisas simplesmente do nada, mas infelizmente depois que somos diagnosticados e as pessoas sabem disso automaticamente elas ficam perfeitas, têm imunidade e sempre são bem intencionadas em suas atitudes. Nós que fazemos coisas impensadas por que somos Borderlines, nos irritamos por que somos Borderlines, nos entristecemos por que somos Borderlines e nos desapontamos por que somos borderlines ou seja não têm nada a ver com elas por que agora que descobriram que temos o TPB, as pessoas que nos rodeiam simplesmente não têm mais culpa.
Mais do que raiva e indignação isso me entristece.
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
Resenha Borderline Criança Interrompida
Eu estava com grande expectativa em ler este livro - Borderline criança interrompida - adulto borderline, da psicanalista Tatiana Ades e o psiquiatra Eduardo ferreira.
Confesso que não me surpreendeu, mas gostei muito do jeito simples e direto de como o assunto foi abordado, li o livro em uma hora ou menos. Ele não é voltado para a questão amorosa como no caso do Corações Descontrolados da Ana Beatriz (livro que já fiz resenha aqui no blog também), gostei disso.
Neste livro qualquer um consegue entender bem a visão 8 ou 80 do borderline ou mesmo o mundo preto e branco.
Gostei o fato de o livro mostrar como prevenir o transtorno de personalidade borderline em crianças.
Há uma parte bem interessante também que compara o TPB com outros transtornos e você acaba vendo a complexidade do TBP, essa parte me deixou pensativa.
Fora as várias experiências reais que são relatadas no livro que nos ajudam a ver o transtorno de vários ângulos. Vale muito a pena ler o livro, admiro muito o trabalho da psicanalista Tatiana Ades e acho até que ela deveria escrever outro livro falando das novas pesquisas que fez, suas novas ideias pois experiência não deve faltar já que ela trabalha um bom tempo com o TPB.
Fica a dica e se alguém já leu e quiser destacar algum outro ponto, fiquem a vontade!
Confesso que não me surpreendeu, mas gostei muito do jeito simples e direto de como o assunto foi abordado, li o livro em uma hora ou menos. Ele não é voltado para a questão amorosa como no caso do Corações Descontrolados da Ana Beatriz (livro que já fiz resenha aqui no blog também), gostei disso.
Neste livro qualquer um consegue entender bem a visão 8 ou 80 do borderline ou mesmo o mundo preto e branco.
Gostei o fato de o livro mostrar como prevenir o transtorno de personalidade borderline em crianças.
Há uma parte bem interessante também que compara o TPB com outros transtornos e você acaba vendo a complexidade do TBP, essa parte me deixou pensativa.
Fora as várias experiências reais que são relatadas no livro que nos ajudam a ver o transtorno de vários ângulos. Vale muito a pena ler o livro, admiro muito o trabalho da psicanalista Tatiana Ades e acho até que ela deveria escrever outro livro falando das novas pesquisas que fez, suas novas ideias pois experiência não deve faltar já que ela trabalha um bom tempo com o TPB.
Fica a dica e se alguém já leu e quiser destacar algum outro ponto, fiquem a vontade!
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
O que eu gostaria que todos soubessem...
Uma pessoa com o TPB(Transtorno de Personalidade Borderline) não escolheu ser assim e não gosta de ser assim, eu não me sinto bem por exemplo. Por isso a luta diária.
Pensem um pouco: Por que alguém escolheria estar irritado, infeliz ou até mesmo se colocar em perigo em muitas situações????
Se você tem qualquer pessoa que você ama que tenha o TPB, continue amando, ajudando, talvez seja o momento em que esta pessoa mais precisa.
O comportamento autodestrutivo é geralmente invisível mas presente a maior parte do tempo. O que leva a muito sofrimento desnecessário e nem por isso intencional.
Pensem um pouco: Por que alguém escolheria estar irritado, infeliz ou até mesmo se colocar em perigo em muitas situações????
Se você tem qualquer pessoa que você ama que tenha o TPB, continue amando, ajudando, talvez seja o momento em que esta pessoa mais precisa.
O comportamento autodestrutivo é geralmente invisível mas presente a maior parte do tempo. O que leva a muito sofrimento desnecessário e nem por isso intencional.
terça-feira, 21 de outubro de 2014
Vazio
Nada.
Não há sentimentos.
Nem pensamentos.
Nem sonhos.
Não é tédio.
Não é sofrimento.
Não é nada.
Nada.
É nada mesmo!
Mas no espelho vejo reflexos de solidão e carência.
Não há sentimentos.
Nem pensamentos.
Nem sonhos.
Não é tédio.
Não é sofrimento.
Não é nada.
Nada.
É nada mesmo!
Mas no espelho vejo reflexos de solidão e carência.
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
A raiva e eu
Me perguntaram por e-mail sobre a raiva do borderline e o que eu faço para controlar essa raiva.
O que eu tenho para dizer é que como todo sentimento do border a raiva é muito intensa e na maioria das vezes incontrolável, eu ainda não aprendi a controlar e ainda machuco muito a outros e a mim mesma.
Eu tenho verdadeiros ataques de fúria intensos e quase que incontroláveis constantemente, no meu caso eu sou mais de implosão do que explosão, elas existem mas na maioria das vezes ao invés de explodir eu me isolo, sofro sozinha e geralmente caio em fases depressivas onde quando tenho contato com pessoas estou irritada tornando a situação bem difícil.
Eu sinto raiva a maior parte do tempo mesmo quando eu não expresso tal raiva por meio de explosões.
No meu caso a raiva é desencadeada quando eu me sinto negligenciada, descuidada ou abandonada por outros, fico muito irritada dando má respostas a todos, pequenos deslizes de outros se tornam a gota d'água pra mim, geralmente se o outro bater de frente comigo quando minha fúria foi desencadeada pode contar com o escândalo! Pois eu já levanto a voz e quero atacar mesmo, algo muito difícil e chato pra mim, eu não gosto quando eu fico assim, percebo que fico muito irritada quando estou deprimida e as pessoas só enxergam minha fúria, mas por dentro me consumo com péssimos sentimentos e quando estou só em meu quarto não sou ninguém me entrego a dor, é quando eu mais preciso de alguém, carinho, afeto ou só alguém que mesmo sem entender mostre que pelo menos se importa.
Depois dos ataques de fúria me sinto péssima, horrível e sendo a pior pessoa do mundo, sabendo que sou uma pessoa má.
Eu sei disso agora com a ajuda da terapia, mas ainda tem muito a descobrir e melhorar.
Espero que tenha ajudado e continuem na luta!
domingo, 19 de outubro de 2014
Contem comigo!
Depois dessa segunda sessão de terapia me sinto mais determinada, gostei de ter enxergado algumas coisas minhas, no espelho, aquelas que eu gosto, aquelas coisas que parecem que eu não peguei de ninguém e que eu gosto porque simplesmente aprendi a gostar.
Eu até tenho planos nessa minha cabecinha agora! Algo interessante já que quase nunca consegui pensar em futuro, em coisas duradouras ou longas, minha cabeça sempre teve várias possibilidades que sempre me distraem bastante e me confundem, nunca sei pra onde ir e acabo agindo por impulso.
O exercício do espelho me foi passado para ser repetido em casa também, talvez algum dia eu disponha aqui no blog o que eu tenho enxergado nele, quem sabe o compartilhar ajude alguém que está aí do outro lado.
Eu já deixei uma vez o meu e-mail por aqui e recebi muitas perguntas, quero dizer a vocês que me perguntaram algumas coisas sobre automutilação, raiva e impulsividade. Em breve eu responderei a todas as perguntas, quero ver ser eu começo a postar essas respostas ainda esta semana.
O ajudar me dá muita satisfação, talvez até porque sempre quis ter alguém que se interessasse em me ajudar de verdade... Então vocês que estão do outro lado saibam que podem contar comigo, portanto segue novamente o meu e-mail: meninadocanto@gmail.com
Eu até tenho planos nessa minha cabecinha agora! Algo interessante já que quase nunca consegui pensar em futuro, em coisas duradouras ou longas, minha cabeça sempre teve várias possibilidades que sempre me distraem bastante e me confundem, nunca sei pra onde ir e acabo agindo por impulso.
O exercício do espelho me foi passado para ser repetido em casa também, talvez algum dia eu disponha aqui no blog o que eu tenho enxergado nele, quem sabe o compartilhar ajude alguém que está aí do outro lado.
Eu já deixei uma vez o meu e-mail por aqui e recebi muitas perguntas, quero dizer a vocês que me perguntaram algumas coisas sobre automutilação, raiva e impulsividade. Em breve eu responderei a todas as perguntas, quero ver ser eu começo a postar essas respostas ainda esta semana.
O ajudar me dá muita satisfação, talvez até porque sempre quis ter alguém que se interessasse em me ajudar de verdade... Então vocês que estão do outro lado saibam que podem contar comigo, portanto segue novamente o meu e-mail: meninadocanto@gmail.com
sábado, 18 de outubro de 2014
Segunda sessão de Psicanálise
Eu estava com tanta expectativa em relação ao dia de hoje que fiquei super ansiosa, então me arrumei super cedo. Minha consulta estava marcada para ás 17h mas cheguei ás 15:40 de tanta ansiedade e resolvi ficar esperando lá na recepção mesmo.
A psicanalista me chamou ás 16:59. Pouco antes me deu um grande nervosismo mas depois que entrei todo ficou tranquilo.
Ela lembrou muito bem da nossa última conversa e detalhes de coisas que contei. Isso me chamou atenção.
Conversamos um pouco até ela me convidar para o tão temido divã, eu fiquei muito apreensiva mas foi tranquilo na maior parte do tempo.
No divã ela começou por considerar os critérios do TPB e eu me encaixei em quase todos, acho que só faltou uns dois. Não fiquei tão surpresa pois era o que eu esperava depois de tudo que li e pesquisei.
Depois de considerar os critérios comigo então ela disse que falaria algumas palavras e eu falaria o que me viesse a mente. Seguem algumas palavras que eu lembro e minhas respectivas respostas:
Mãe - Uma pessoa conhecida
Pai - igual a mãe é uma pessoa conhecida para mim
Equilíbrio - um sonho para mim.
Relacionamentos - confusos
Após as palavras ela propôs um exercício de um espelho imaginário onde eu fechava os olhos e me via fisicamente e pediu que eu detalhasse para ela em palavras o que eu estava vendo.
Depois o espelho tinha a capacidade de ver o interior também então ela pediu para que eu mostrasse a ela também o que eu estava vendo no espelho.
Eu fiquei bem surpresa com o que eu vi no espelho e embora não seja fácil eu quero olhar mais nesse espelho e ver mais detalhes para poder definir coisas que até hoje não estão estabelecidas para mim, o que faz com que minha vida seja uma bagunça e não permita que eu siga em frente.
Mais uma vez eu tinha muitas coisas para falar mas não consegui pontuar todas elas o tempo voa com ela é incrível!
Deixei um bilhete a ela agradecendo por ela me dar esperança. É o que eu realmente sinto, por enquanto.
Até os próximos posts!
A psicanalista me chamou ás 16:59. Pouco antes me deu um grande nervosismo mas depois que entrei todo ficou tranquilo.
Ela lembrou muito bem da nossa última conversa e detalhes de coisas que contei. Isso me chamou atenção.
Conversamos um pouco até ela me convidar para o tão temido divã, eu fiquei muito apreensiva mas foi tranquilo na maior parte do tempo.
No divã ela começou por considerar os critérios do TPB e eu me encaixei em quase todos, acho que só faltou uns dois. Não fiquei tão surpresa pois era o que eu esperava depois de tudo que li e pesquisei.
Depois de considerar os critérios comigo então ela disse que falaria algumas palavras e eu falaria o que me viesse a mente. Seguem algumas palavras que eu lembro e minhas respectivas respostas:
Mãe - Uma pessoa conhecida
Pai - igual a mãe é uma pessoa conhecida para mim
Equilíbrio - um sonho para mim.
Relacionamentos - confusos
Após as palavras ela propôs um exercício de um espelho imaginário onde eu fechava os olhos e me via fisicamente e pediu que eu detalhasse para ela em palavras o que eu estava vendo.
Depois o espelho tinha a capacidade de ver o interior também então ela pediu para que eu mostrasse a ela também o que eu estava vendo no espelho.
Eu fiquei bem surpresa com o que eu vi no espelho e embora não seja fácil eu quero olhar mais nesse espelho e ver mais detalhes para poder definir coisas que até hoje não estão estabelecidas para mim, o que faz com que minha vida seja uma bagunça e não permita que eu siga em frente.
Mais uma vez eu tinha muitas coisas para falar mas não consegui pontuar todas elas o tempo voa com ela é incrível!
Deixei um bilhete a ela agradecendo por ela me dar esperança. É o que eu realmente sinto, por enquanto.
Até os próximos posts!
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
Expectativa Psicanálise
Amanhã eu estarei novamente em mais uma sessão de psicanálise, será a minha segunda. Tínhamos combinado quinzenalmente mas mês passado fui uma vez e este mês será amanhã, acho que ficarei indo com ela mensal por enquanto, já que tenho que viajar para outra região do país para ser atendida por ela.
Dessa vez acho que eu não sei nem por onde começar, só sei que me sinto muito bem lá, ela me entende tanto e tem tanta empatia, espero muito que me ajude a ter pelo menos um norte, ainda mais agora que estou completamente só.
Eu resolvi detalhar para quem interessar as minhas sessões, amanhã eu conto como foi.
E lembrem se qualquer terapia só tem chance de funcionar se a pessoa afetada realmente quiser mudar, e eu embora cansada quero muito isso!
Dessa vez acho que eu não sei nem por onde começar, só sei que me sinto muito bem lá, ela me entende tanto e tem tanta empatia, espero muito que me ajude a ter pelo menos um norte, ainda mais agora que estou completamente só.
Eu resolvi detalhar para quem interessar as minhas sessões, amanhã eu conto como foi.
E lembrem se qualquer terapia só tem chance de funcionar se a pessoa afetada realmente quiser mudar, e eu embora cansada quero muito isso!
sábado, 11 de outubro de 2014
Ajudar não é para quem pode e sim para quem quer.
Sabe quando você tem a sensação de que não conhece determinada pessoa quanto você pensava que conhecia?
Eu passei por isso, esses dias e isso foi péssimo. Eu nem consigo pensar nisso sem chorar, me sinto boba, idiota e sem amor próprio.
Não fui para as minhas consultas de terapia esta semana,
Acho que agora estou tentando me organizar. Eu estou mais isolada e desconfiando de tudo e de todos.
Tenho achado o menos mal de toda loucura que tem sido a minha vida, é que pelo menos eu sei o por que das minhas ações e a partir daí melhorá-las.
Odeio as pessoas pedindo para eu parar de querer atenção, falando para eu crescer e me deixando quando eu mais preciso de ajuda.
Mas é isso aí, não posso ficar esperando perfeição de pessoas imperfeitas, ainda mais comigo que não sou nem um pouco fácil de lidar.
Hoje em dia é muito mais fácil criticar e falar coisas depreciativas de alguém do que parar e tirar um pouco do seu tempo, energia e recursos caso seja necessário para ajudar. Para apontar erros e criticar severamente não falta voluntários, mas cadê alguém que queira estender a mão para levantar? Falo dos que queiram pois poder muitos podem se não todos, agora querer são pouquíssimos. E para mim o ajudar envolve muito o querer mesmo.
Eu sou uma das que querem ajudar outros, e depois conto para vocês como vou tentar fazer isso... O blog é uma das maneiras pois embora seja a minha experiência pessoal eu sempre que puder falarei sobre minhas terapias e coisas que têm me ajudado para que de alguma forma ajude outros que precisem. Como alguns e-mails e comentários que tenho recebido têm me indicado isso.
Força para todos, inclusive para mim. Até mais!
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
domingo, 5 de outubro de 2014
Erro recorrente
Quando eu era criança, bem pequena mesmo, eu acreditava que
se eu saísse um dia de casa e andasse direto sem deixar nada nem ninguém me
impedir de andar em linha reta eu tocaria o céu.
Fiquei muito
desapontada quando depois de muitos anos na quinta série em uma aula sobre o
sistema solar descobri que eu não poderia tocar o céu, foi chocante demais por
que eu alimentava o desejo e a possibilidade de isso acontecer.
Nos últimos meses
caí no mesmo erro, sem querer saber de dados eu simplesmente alimentei desejos
e possibilidades que não existem e nunca serão possíveis, eu em uma infantilidade
sem medida, fantasiando e acreditando.
Ontem o mais temido
por mim veio a tona.
Estou sozinha de
novo.
Eu só pensei na minha consulta com a psicanalista,
por que eu preciso dela, na verdade agora eu só tenho ela, o cúmulo do
desespero onde eu tenho que pagar alguém pra me escutar quando ninguém mais
quer fazer isso.
Tomara que nessa
consulta haja coisas mais concretas pois eu não aguento mais a dor.
Amanhã tenho
psicoterapia e não tenho vontade de comparecer nela, não me sinto a vontade lá,
mas farei o esforço de estar presente e depois tenho que tirar minhas tralhas
de casa e esperar que esse novo passo não me traga mais dor.
sábado, 4 de outubro de 2014
Em casa
As coisas em casa não estão muito boas.
Ontem tentei me
aproximar, mas não fui bem sucedida, logo pela manhã o ignorar me era a lei do
dia. Não suportando me arrumei logo as 08:00 e saí sem destino, fui em umas
livrarias me sentei por lá, li trecho de alguns livros e até comprei um. Almocei em um lugar por lá mesmo liguei para
uma amiga que havia combinado com outros amigos de sair, e eu fui com eles de
lá por estar muito tarde enviei mensagem para os de casa avisando que não
voltaria e sim só no sábado no caso hoje.
Disseram que
precisamos conversar, vamos ver no que vai dar.
Sinto-me sem
ninguém, mas estou fazendo de tudo em não ficar incomodando ninguém, estou mais
na minha, levando na marra. Tenho que aprender a me desprender e não sufocar
outros também.
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
Eu não sei o que fazer
Meu sentimento hoje
é esse: não sei o que fazer!
Eu destruí o pouco
que tinha e agora estou sem chão, pois só eu comigo mesma não é a mesma coisa,
pra mim não é nada.
Estou pensando em me
mudar, mas só de pensar nisso parece que vou morrer tamanha é a dor de pensar
em me separar, em me despedir e tomar um novo rumo, sozinha.
Eu pensei em algumas
opções:
1-
Eu morar na cidade que estou, sozinha para pelo
menos parar de ferir quem está perto e tentar me livrar da dependência
emocional, procurar um emprego, e
continuar viajando para fazer psicanálise com essa psicanalista que encontrei, que
é a empatia em pessoa sem falar do vasto conhecimento que ela tem sobre
personalidade borderline.
2-
Voltar para minha cidade natal, mas nesse caso
teria que encontrar outro profissional lá, pois ficaria muito longe para eu
fazer psicanálise, e com certeza não teria grana para custear as viagens mais o
valor das sessões.
3-
Pensei em me mudar para a cidade onde tenho que
fazer psicanálise, mas sei que será um GRANDE desafio para mim, já que conheço
pouco lá, morar só em um lugar que conheço já é ruim imagina em um lugar que
não conheço.
A situação está caótica e acho que está na
hora de eu tomar um rumo na vida.
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
Psicoterapia
Hoje fui para a psicoterapia da PUC, já falei aqui que tinha
me inscrito e fui chamada, mas esta não foi a primeira vez que fui lá. E devo
dizer que hoje foi melhorzinho que da outra vez, acho que o terapeuta não me
deixa a vontade, e não vejo muito interesse da parte dele, acho difícil falar
certas coisas pra ele e não vejo a hora de ir embora, uma hora parece que não
acaba mais, mas hoje até que passou rápido.
Que diferença da psicanálise que faço, eu fui e como é em outra região
faço duas horas de uma vez e parecem minutos, ela tem uma empatia
extraordinária é incrível! Cada centavo pago vale a pena e a viagem e os gastos
com ela não são nada diante da esperança que passei a ter depois de ir lá.
Hoje achei que não
estava sentindo nada no consultório, falei um monte de coisas sem sentimento
nenhum, acho que falei por falar sem querer chegar a lugar nenhum.
Uma amiga foi comigo
me esperou e fomos à casa de uns amigos, acho que estava normal, ou melhor, eu
estava não deprimida, não irritada e cheguei em casa da mesma maneira falei
normalmente com meus pais adotivos, comemos e parece que o dia terminará bem
hoje. Eu não estou alegre, feliz e nem entusiasmada com nada. Hoje eu não sinto
nada e consegui sorrir e achar algumas coisas engraçadas. Assim que foi meu dia
bem menos pior do que ontem.
Até a próxima.
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
Meus sentimentos são verdadeiros
Tudo que eu queria que as pessoas que eu mais prezo
soubessem é exatamente o título desta postagem.
Eu não sou de falar
dos meus sentimentos, do que estou passando ou como eu amo alguém. Mas uma
coisa que sempre fiz foi escrever, ou por mensagem ou cartinhas românticas na
maioria das vezes exageradas para as pessoas que as receberam. É a minha
maneira de verbalizar algo, além dos pequenos gestos do dia a dia, e quando
falo pequenos, são pequenos mesmo, pois às vezes morro de vontade de abraçar
alguém e não tenho coragem. Ou quando surge uma oportunidade eu trato de
escapar, chego a ficar nervosa é super estranho. E se alguém me surpreende com
um abraço, por exemplo como já
aconteceu, eu não consigo curtir com naturalidade, fico estranha. Acho que como
não tive muito disso na minha vida, não aprendi direito ou não me sinto digna.
Mas essa semana
fiquei tão triste. Eu enviei uma mensagem para uma pessoa que eu amo falando o
quanto eu estava sentindo a falta dela e em vez de enxergar o meu sentimento
começou a questioná-lo. Ai que tristeza que me deu, raiva também, não vejo a
hora de ser independente emocionalmente, eu vou lutar para que isso aconteça. Ninguém
pode viver desse jeito e eu não suporto mais isso. Por que, eu me importo tanto
mesmo que não demonstre e parece que ninguém liga pra isso, não ligam pra mim,
tipo tanto faz. E enquanto a pessoa não está nem aí e continua vivendo sua vida
numa boa eu fico aqui morrendo, sofrendo com os piores sentimentos e
pensamentos.
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
Será que sou capaz de amar e ser amada?
Depois da visita que fiz à psicanalista fiquei muito
pensativa.
Ela me fez algumas
perguntas sobre minha infância que me
fizeram lembrar de coisas que já trago comigo a muito tempo como por exemplo a
questão do sim e aceitação. Eu sempre aceitei as coisas que me eram impostas,
na maioria das vezes fiquei calada, eu cheguei a contar um episodio para ela de
uma roupa que eu não suportava quando eu era criança e minha mãe amava me
vestir com ela, eu nunca falei para ela que não gostava e nunca nem tentei
tirar eu simplesmente aceitava.
A medida que fui crescendo as coisas não ficaram
diferentes, eu sempre fui de baixar a cabeça, aceitar, concordar e preferir
fugir da situação a ter que enfrentá-la. Corroía-me, mas não contestava, sofri
muito e ainda sofro por suportar coisas que não me dão o mínimo que é a
dignidade. Antes eu simplesmente me sentia fraca, um lixo por não conseguir
lidar e esperar que a situação melhorasse e não melhorava.
Hoje em dia tão
pouco consigo lidar, mas pelo menos já entendo o por que. Eu sempre tive medo
de não agradar, de se afastarem de mim, medo de ser o que pessoas próximas de
mim falavam a meu respeito e eu acabava acreditando... Acreditava que era
esquisita, que era feia, desagradável e muitas outras coisas que me machucavam
e ainda me machucam muito.
É claro que sempre
tive uma consciência de que eu era diferente, mas não conseguia descrever como.
Mas por exemplo eu sempre fui muito intensa de fazer grandes amizades rápidas e
surpreender com mimos e coisas legais de dar muita atenção a ponto de incomodar
o outro, sempre fui de escrever muitas cartinhas às vezes eu exagerava tanto
que depois sentia vergonha de todo aquele esforço frenético em querer fazer a
pessoa reparar em mim.
E aí passava se um
tempo e aquelas amizades murchavam meu interesse se dissolvia ora pela minha
instabilidade de humor, ora pela reatividade a palavras mal colocadas e
dirigidas a mim ou mal interpretadas por mim, ciúmes que faziam com que eu me
afastasse ou falasse um monte de besteira para a pessoa, às vezes isso era tão
forte que eu queria até machucar a pessoa ou pelo menos sentir vontade de que
ela sofresse um pouco. E quando eu pensava assim me sentia mal por que parecia
que eu nunca amei ninguém, ou nunca conseguiria amar, por que quem ama não se
agrada do sofrimento de quem se ama.
Eu nunca tive o
sentimento de ser amada sei que tem pessoas que gostam de mim, das coisas que
sei, das coisas que faço, das coisas que tenho, de como eu converso, da ajuda
que presto sempre que posso. Mas e se eu não tivesse mais nada disso para
oferecer, será que elas ainda gostariam de mim? Duvido muito! Tenho muitos pensamentos
de que as pessoas querem e se aproveitam de mim, me sinto boba, idiota e vazia.
Um grande motivo para continuar a terapia.
Aproveito para
agradecer a todos que me visitam, sejam vocês Borders ou não continuem lutando,
obrigada pela força.
Até mais!
domingo, 21 de setembro de 2014
Bolívia me espera!
Como eu tive que viajar para ter a consulta com a psicanalista, conto a vocês que ainda estou por aqui, queria sair e conhecer um pouco por aqui mas não tenho ânimo. Não quero sair sozinha.
Meus pais adotivos estão à caminho da Bolívia, eu não ficarei só em casa. Comprei minha passagem ontem e amanhã embarco para a Bolívia para encontrá los. Isso vai me custar caro em sentido financeiro mas quero muito acompanhar eles e não ficar sozinha e morrendo de saudades.
Vou continuar com meus planos em voltar a trabalhar pois minhas economias estão acabando e como já falei da minha decisão em continuar o tratamento com a psicanalista que fui ontem, precisarei de grana.
Farei esforço pois parece que ela pode me ajudar , e eu já passei pela mão de muita gente que não teve a mínima atenção em pelo menos tentar me entender, não sei se foi por falta de interesse ou conhecimento a respeito do TPB. O fato é que já gastei uma nota e nada, minha situação em muitos aspectos continua na mesma e em outros aspectos pior, e pouquíssima melhora.
Espero que eu consiga aproveitar a viagem e traga novidades para vocês.
Como não sei como estará minha internet na Bolívia, talvez eu nao poste mas farei o possível para escrever.
Se cuidem.
Contatos comigo pelo e-mail: meninadocanto@gmail.com
Meus pais adotivos estão à caminho da Bolívia, eu não ficarei só em casa. Comprei minha passagem ontem e amanhã embarco para a Bolívia para encontrá los. Isso vai me custar caro em sentido financeiro mas quero muito acompanhar eles e não ficar sozinha e morrendo de saudades.
Vou continuar com meus planos em voltar a trabalhar pois minhas economias estão acabando e como já falei da minha decisão em continuar o tratamento com a psicanalista que fui ontem, precisarei de grana.
Farei esforço pois parece que ela pode me ajudar , e eu já passei pela mão de muita gente que não teve a mínima atenção em pelo menos tentar me entender, não sei se foi por falta de interesse ou conhecimento a respeito do TPB. O fato é que já gastei uma nota e nada, minha situação em muitos aspectos continua na mesma e em outros aspectos pior, e pouquíssima melhora.
Espero que eu consiga aproveitar a viagem e traga novidades para vocês.
Como não sei como estará minha internet na Bolívia, talvez eu nao poste mas farei o possível para escrever.
Se cuidem.
Contatos comigo pelo e-mail: meninadocanto@gmail.com
sábado, 20 de setembro de 2014
Psicanálise
A primeira consulta com a psicanalista a meu ver foi boa. Foi uma conversa agradável e descontraida.
Eu fiquei apreensiva em relação ao passado, coisas que ela me perguntou sobre infância e tals. Acho que ela foi bem criteriosa e me deixou a vontade. Achei ótimo, para um primeiro contato. Quero muito continuar o tratamento, tenho os meus medos, mas por enquanto a vontade de melhorar está maior e vou aproveitar. Achei o valor muito bem pago para ela. Se pudesse e tivesse grana iria querer estar todos os dias lá.
Mas achei que não falei tudo, tinha muito mais para falar, acho que da próxima vez vou tentar anotar uns pontos para seguir uma linha de raciocínio, e tentar abranger tudo.
Mas voltei renovada e muito esperançosa. Faz tempo que não me sinto assim.
Chau.
Eu fiquei apreensiva em relação ao passado, coisas que ela me perguntou sobre infância e tals. Acho que ela foi bem criteriosa e me deixou a vontade. Achei ótimo, para um primeiro contato. Quero muito continuar o tratamento, tenho os meus medos, mas por enquanto a vontade de melhorar está maior e vou aproveitar. Achei o valor muito bem pago para ela. Se pudesse e tivesse grana iria querer estar todos os dias lá.
Mas achei que não falei tudo, tinha muito mais para falar, acho que da próxima vez vou tentar anotar uns pontos para seguir uma linha de raciocínio, e tentar abranger tudo.
Mas voltei renovada e muito esperançosa. Faz tempo que não me sinto assim.
Chau.
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
Dependência emocional
Uma coisa que acho tão estranho é esse sentimento de dependência excessiva de outros.
Tenho certa raiva de mim mesma de ser tão boba em relação ao apego. Às vezes tenho a impressão que estou mendigando afeto, carinho, amor ou aprovação dos outros.
E as vezes me pego pensando em como gostaria de ser independente neste aspecto da minha vida, mas todas as vezes que tentei fracassaram, e esses fracassos vieram em forma de crises de irritabilidade infantil mesmo, deixando bem claro para todos ao meu redor o quanto eu sou incapaz de lidar com certos sentimentos. O máximo que eu consegui em minhas tentativas de mudança foi fingir por um tempo que eu estava bem, como se eu não precisasse de ninguém e que tanto fazia ter pessoas ao meu redor ou não, quando na verdade eu me corroía por dentro por causa da atitudes das pessoas e acabava estourando ou me isolando, nas últimas vezes eu mais me isolei do que estourei.
Eu tenho percebido uma reatividade da minha parte muito grande e que me fizeram ir para a caverna por assim dizer, um isolamento terrível. Se as pessoas ao meu redor estavam bem, eu estava bem, mas se não estavam eu também não estava. Acho isso ridículo mas não consegui evitar.
Nesse isolamento fiquei dias no quarto, não comia direito e me dá uma angustia tão grande de ansiar a morte, as vezes fico com medo, por que no fundo não é isso que eu quero, eu quero lutar, continuar. Pelo menos tentar viver.
Eu havia me inscrito na PUC da cidade onde moro para tratamento psicológico e amanhã será minha primeira consulta, tomara que dê tudo certo, é legal por que é de graça e pelo que vi toda universidade que oferta o curso de psicologia faz cadastros no inicio de cada semestre para novos pacientes, fica a dica.
Esses dias eu li o quanto os borders são inteligentes, então pensei se sou inteligente posso ir mais longe então eu preciso que minhas buscas por ajuda deem certo.
Eu tenho algumas habilidades que encantam algumas pessoas, e elas até me elogiam. Mas no momento elas não servem para nada, mas vou fazer um post sobre elas.
Até mais!!!!
Tenho certa raiva de mim mesma de ser tão boba em relação ao apego. Às vezes tenho a impressão que estou mendigando afeto, carinho, amor ou aprovação dos outros.
E as vezes me pego pensando em como gostaria de ser independente neste aspecto da minha vida, mas todas as vezes que tentei fracassaram, e esses fracassos vieram em forma de crises de irritabilidade infantil mesmo, deixando bem claro para todos ao meu redor o quanto eu sou incapaz de lidar com certos sentimentos. O máximo que eu consegui em minhas tentativas de mudança foi fingir por um tempo que eu estava bem, como se eu não precisasse de ninguém e que tanto fazia ter pessoas ao meu redor ou não, quando na verdade eu me corroía por dentro por causa da atitudes das pessoas e acabava estourando ou me isolando, nas últimas vezes eu mais me isolei do que estourei.
Eu tenho percebido uma reatividade da minha parte muito grande e que me fizeram ir para a caverna por assim dizer, um isolamento terrível. Se as pessoas ao meu redor estavam bem, eu estava bem, mas se não estavam eu também não estava. Acho isso ridículo mas não consegui evitar.
Nesse isolamento fiquei dias no quarto, não comia direito e me dá uma angustia tão grande de ansiar a morte, as vezes fico com medo, por que no fundo não é isso que eu quero, eu quero lutar, continuar. Pelo menos tentar viver.
Eu havia me inscrito na PUC da cidade onde moro para tratamento psicológico e amanhã será minha primeira consulta, tomara que dê tudo certo, é legal por que é de graça e pelo que vi toda universidade que oferta o curso de psicologia faz cadastros no inicio de cada semestre para novos pacientes, fica a dica.
Esses dias eu li o quanto os borders são inteligentes, então pensei se sou inteligente posso ir mais longe então eu preciso que minhas buscas por ajuda deem certo.
Eu tenho algumas habilidades que encantam algumas pessoas, e elas até me elogiam. Mas no momento elas não servem para nada, mas vou fazer um post sobre elas.
Até mais!!!!
terça-feira, 16 de setembro de 2014
O sentimento de vazio.
No meu caso, eu não admitia isso até pouco tempo, achava
algo muito forte para ser dito em relação a alguém, tipo: fulano é vazio, sente se vazio ou tem um
vazio, forte, mesmo quando aplicado a mim.
Mas acho que não só por essa questão é que nunca cheguei a
aplicar isso para mim, acho que nunca apliquei porque nunca consegui definir
esse tal vazio, acho que o encarava como tédio e esperava passar, mas não
passava, não passa.
Qualquer pessoa que me conheça, que tenha tratos comigo ou
simplesmente tope comigo jamais dirá que tenho um sentimento de vazio, é tão
diferente quando estou inserida no meio de amigos em ocasiões que estou livre
de inseguranças claro! Nem parece eu, mas quando volto pra casa, estou no meu
quarto, me olho no espelho me sinto um lixo ao ver que faço o mundo acreditar
em algo que não sou, e quando estou só, vejo isso bem exposto. Não tenho nada
de concreto na vida, o que eu tenho são retalhos que arranco de outros e
carrego por onde passo, atualmente os chamo de trapos mesmo. Esse ponto é
interessante por que antes pensava que eu era uma pessoa adaptável, quando na
verdade eu sou um camaleão que com o tempo passo a ser o que as pessoas querem
ver na folha em branco que sou quando as conheço.
As vezes a impressão que tenho é que pareço aqueles moleques
atentados que tem sua turma e intimidam qualquer um, ou fazem o que querem e
falam o querem sem medo, mas quando estão sós não são ninguém, não fazem nada,
são uns santos. Eu sem ninguém não tenho mais nada a fazer. E fico com uma
dificuldade enorme de organizar meus pensamentos, de me organizar, traçar metas
ou pelo menos uma pequena rotina para seguir, coisa que nunca deu certo comigo.
Me sinto horrível como se eu não tivesse uma âncora e então qualquer mudança
nas águas me afeta, me afunda, me afasta de onde eu estava ou faz eu me perder
mesmo.
Chau.
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
Expectativa
Eu estou com uma enorme expectativa em relação a consulta
que terei, ainda mais nesses últimos dias que têm sido tão difíceis para mim.
Para vocês entenderem melhor:
Eu moro com um casal que são meus pais de coração, eu
aprendi a amá-los. Sou a filha adotiva deles. Mas nem sempre foi assim, cresci
em uma família bem complicada, mas isso será assunto para outro post.
Como estava dizendo eu estou com uma certa reatividade a
flor da pele esses dias e não consegui reagir da maneira correta a algumas palavras
do meu paizinho, e desde então fiquei péssima. Como no geral nunca consegui
resolver conflitos eu adotei o hábito de fugir, e dessa vez não foi diferente.
Antes eu não entendia direito por que eu fazia isso, algumas pessoas mesmo me
dizendo que eu me comportava assim, eu negava, como se não fosse verdade, o que
me fez continuar esse hábito e agora não sei como eliminá-lo.
Ficamos emburrados um com o outro, depois de uns dias ele
tentou se aproximar... mas como eu estava esperando desculpas e elas não
chegaram até mim, continuei emburrada e sofrendo, sabe no fundo quero o carinho
deles e não quero perder tempo com coisas negativas, mas infelizmente elas
ficam cravadas em mim, mesmo os pequenos espinhos e tais espinhos me remetem a
períodos muito dolorosos da minha vida, virou uma espécie de gatilho que
disparado torna-se algo sem controle dentro de mim.
Estou afastando a todos, pois se torna algo cansativo o
tentar me entender, eu já escutei essas palavras tanto deles como de outros.
Isso para mim é assustador pois penso que em pouco tempo posso acordar e estar
sozinha.
Voltando a parte da esperança, eu espero muito obter ajuda e
estou ansiosa em relação a consulta que marquei, parece que a minha vida só vai
começar depois disso.
Entre as coisas que quero melhorar, uma que encaro como
primordial é a dependência, apego ou sei lá o quê. Que a meu ver é um
sentimento doentio, embora na maioria das vezes
eu não demonstre tanto para as pessoas, aparento até mesmo ser fria e
como se não tivesse nem ligando e acabo sofrendo muito com isso. Por que
enquanto sofro as pessoas que amo continuam suas vidas, riem, não sabem e nem
querem saber o que se passa comigo, me ignoram quando julgam necessário (talvez
por causa do cansaço) e sem perceberem me machucam mais ainda.
Hoje estou com um sentimento de que estou sozinha, o que em
si pode não ser ruim, para quem sabe lidar com isso. Pois para mim é
desesperador.
Acho bom eu ter expectativas em relação a consulta, acho bom
que eu estou buscando ajuda mas colocando na balança tudo isso, chego a
conclusão que isso se deve a consciência de que sem ajuda eu não irei tão longe
e não sei quanto tempo aguento.
Adios.
quinta-feira, 11 de setembro de 2014
Resenha do livro: Corações descontrolados de Ana Beatriz Barbosa Silva.
Ciúmes, raiva, impulsividade o jeito borderline de ser. É basicamente o que você encontrará no livro, detalhes em relação ao comportamento de pessoas que possuem um transtorno tão doloroso, se não, o mais doloroso de todos os que já ouvimos falar, chamado TPB (Transtorno de Personalidade Borderline). Para os portadores de um transtorno com um indice bem acentuado de suicídios e tentativas de suícidios, é muito importante haver publicações como o livro de Ana Beatriz para levar conhecimento de certos comportamentos aos que lutam e sofrem diariamente com suas limitações e angustias e também a amigos e familiares de borders.
Autora de Mentes perigosas, Ana Beatriz Barbosa Silva que é médica graduada em psiquiatria, a meu ver conseguiu organizar de maneira simples e objetiva algo tão complexo, e tão bagunçado sentimento border, como ela chama os borderlines em seu livro.
A leitura foi cativante pra mim, por que no livro ela se utiliza de muitas experiências acompanhadas de perto por ela mesma incluindo uma que nos deparamos logo no início do livro de uma amiga dela. É surpreendente em como foi captado por ela o jeito borderline de ser, uma coisa que me chamou muita atenção no livro foi que a cada capitulo no inicio tem uma poesia ou canção que ela introduziu para descrever o momento a que ela estava se referindo em relação a Personalidade Borderline.
No livro conseguimos entender bem a diferença entre ter um traço ou traços borderline e ter o transtorno de personalidade borderline em si.
Uma coisa que gostei de ver foi essa explicação:
“Além disso, existe uma especie de degradé dentro do conceito do transtorno borderline. Tal qual uma cor apresenta diversas tonalidades e mantem sua essencia pigmentar (exemplo: rosa, rosa-bebê, rosa-choque), alguns borders podem ter as mesmas características que determinam o diagnóstico e, no entanto, manifestá-las de forma aparentemente oposta. Não deixam de ser borders, porem com “vestimentas” diferentes.”
(Trecho retirado do livro Corações descontrolados pg.38)
Espero que tenham gostado!
terça-feira, 9 de setembro de 2014
Medidas adotadas depois da suspeita de TPB.
Após minhas pesquisas na internet, tomei algumas medidas no
intuito de tentar viver de maneira melhor ou pelo menos sem tanto sofrimento,
sem tantas interrupções que são tão prejudiciais a mim mesma e aos que me
cercam.
A primeira delas foi
a questão da terapia, coisa que não estou fazendo. Lembra dos vídeos que falei
que vi na internet? Pois é, assisti muitos de uma psicanalista que me pareceu
entender muito do assunto, e que parece ser famosa pois vi muitos videos dela
dando entrevistas para vários programas de TV. Por isso optei pela psicanálise
e com ela, vou dizer o por que, eu vi nesta psicanalista uma empatia e
segurança ao falar de TPB que ainda não vi em ninguém da área, até conheço uma
que tem um conhecimento grandiosissimo do assunto mas nunca vi empatia nela,
somente técnica.
O Desafio:
A questão é que essa
psicanalista é da região sudeste do país e eu atualmente moro na região centro
oeste.
Em uma página pública
na internet dela peguei os contatos de telefone, isso era um domingo a tarde, em
um dos contatos constava Whatsapp, então mandei uma mensagem para ver no que
daria, no domingo mesmo me responderam, era a secretária dela. Me passou o
e-mail pessoal dela para marcarmos, então no e-mail expliquei a minha suspeita
e o quanto preciso de ajuda, além de ver a questão do preço claro. Então em
meados deste mês embarco para lá em busca de uma chance, quero muito que dê
certo. Se der, será pelo menos uma coisa certa na minha vida tão incerta. Após
a consulta farei um post sobre isso para vocês saberem como foi.
Outra medida que
tomei e não citei acima é quanto as publicações que comprei sobre o assunto,
tenho lido livros que me ajudaram em muito a esclarecer certas atitudes e
pensamentos. A medida que for terminando de ler tais publicações pretendo fazer
a resenha de cada uma aqui no blog.
Até a próxima.
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
Consulta com a psiquiatra e discussão sobre TPB.
Antes de ir a
consulta eu havia anotado algumas coisas que eu achava que eram características
minhas, mas que em minhas pesquisas na internet vi que batiam direitinho com
sintomas da Personalidade Borderline, fiz isso para mostrar para a médica.
Quando entrei no
consultório, ela perguntou como eu estava me sentindo e tals, então depois das
perguntas iniciais eu perguntei se ela conhecia alguma coisa sobre borderline,
e falei que havia pesquisado na internet sobre isso e achava que muita coisa se
encaixava em minhas atitudes, ela não me escutou como eu esperava e parecia que
estava mais preocupada em falar do que escutar e percebi que ficou irritada
falando pra mim que eu tenho que tirar minhas dúvidas no consultório e não no
doctor google, (pensei que era isso que estava fazendo quando perguntei pra
ela, rsrsr).
Conclusão: ela disse
que não tem dúvida do meu diagnóstico e mais umas baboseiras lá que deram a
entender que eu tinha me impressionado com o que vi e agora queria vestir essa
tal personalidade Borderline. Achei um absurdo e falei que da minha parte eu
tinha dúvida sim pois resultados palpáveis eu não obtive com as medicações até
agora e então por eu ter aberto minha boca grande ela falou que ia aumentar a
dosagem das medicações.
A revolta.
Como fiquei revoltada resolvi que não aumentaria a dose e
passei dias assim, mas fiquei pensando e se ela estivesse certa? Como eu iria
saber se não tentasse?
Por fim aumentei a dose como ela indicou e hoje o que posso
falar para vocês é que consegui ver uma melhora na questão do humor que não tem
oscilado as cerca de trezentas vezes por dia, deu uma diminuída, agora é só
umas 299 vezes, rsrsr. Acho que foi isso, mas não estou conformada com o
diagnóstico e não é por que quero uma etiqueta do que eu realmente sou, é pelo
fato de quero muito, mas muito mesmo melhorar. O que estou vivendo não é vida e
não desejo este sofrimento para ninguém. E só com um diagnóstico correto é que
vou poder traçar uma rota correta rumo a melhora.
Tomei algumas medidas
que acho que estão me levando para o rumo certo, no próximo post conto para
vocês que medidas são essas.
Abração!
domingo, 7 de setembro de 2014
Como minha busca por ajuda começou! (Suspeita TPB)
Eu faço um tratamento psiquiátrico com medicações específicas para a bipolaridade.
Deixem me explicar o por quê, quando eu estava entrando na universidade (aos 17 anos) tive algumas dificuldades que me levaram a um diagnóstico de uma pessoa depressiva. Um diagnóstico como esse pode ser assustador para muitas pessoas, mas para mim naquela época o recebi com esperança, mas infelizmente logo se apagaria.
Antes ficava pensando que certas atitudes minhas eram o meu jeito de ser, mas depois do diagnóstico só pensava nos resultados e em como as coisas podiam melhorar, em especial a convivência com as pessoas que eram muito queridas por mim e bem próximas e nem por isso menos machucadas, elas até hoje sofrem, e eu entendo isso, mas infelizmente, esse entender não me faz capaz ainda de agir de outra maneira com elas.
Dez anos se passaram e pouca coisa ou nada mudou, sendo realista acho que fez foi piorar.
Em fevereiro deste ano passei a consultar me com uma nova psiquiatra forense e tudo e muito conhecida e então outro diagnóstico _ BIPOLARIDADE.
Desde então tenho tratado a tal bipolaridade sem resultados significativos e por causa disso comecei a pesquisar muito sobre bipolaridade para tentar entender melhor e ter um norte.
Vendo vídeos no youtube achei um que dizia: " Um transtorno muito confundido com a bipolaridade", e quando assisti não tive dúvida nenhuma. Era eu!!!!!
Desde esse dia assisti todos os vídeos que pude sobre TPB (incluindo os vídeos gringos), fiquei ansiosa para falar o que descobri com minha psiquiatra.
Mas as coisas não saíram como eu pensava.
No próximo post conto a vocês o que aconteceu.
Até mais.
Deixem me explicar o por quê, quando eu estava entrando na universidade (aos 17 anos) tive algumas dificuldades que me levaram a um diagnóstico de uma pessoa depressiva. Um diagnóstico como esse pode ser assustador para muitas pessoas, mas para mim naquela época o recebi com esperança, mas infelizmente logo se apagaria.
Antes ficava pensando que certas atitudes minhas eram o meu jeito de ser, mas depois do diagnóstico só pensava nos resultados e em como as coisas podiam melhorar, em especial a convivência com as pessoas que eram muito queridas por mim e bem próximas e nem por isso menos machucadas, elas até hoje sofrem, e eu entendo isso, mas infelizmente, esse entender não me faz capaz ainda de agir de outra maneira com elas.
Dez anos se passaram e pouca coisa ou nada mudou, sendo realista acho que fez foi piorar.
Em fevereiro deste ano passei a consultar me com uma nova psiquiatra forense e tudo e muito conhecida e então outro diagnóstico _ BIPOLARIDADE.
Desde então tenho tratado a tal bipolaridade sem resultados significativos e por causa disso comecei a pesquisar muito sobre bipolaridade para tentar entender melhor e ter um norte.
Vendo vídeos no youtube achei um que dizia: " Um transtorno muito confundido com a bipolaridade", e quando assisti não tive dúvida nenhuma. Era eu!!!!!
Desde esse dia assisti todos os vídeos que pude sobre TPB (incluindo os vídeos gringos), fiquei ansiosa para falar o que descobri com minha psiquiatra.
Mas as coisas não saíram como eu pensava.
No próximo post conto a vocês o que aconteceu.
Até mais.
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